São Paulo — Após cinco dias internado, o homem de 30 anos baleado por um policial civil na última sexta-feira (14/2) durante discussão em um posto de gasolina, por causa de uma batida no carro, morreu. A discussão aconteceu na Vila Carolina, zona leste de São Paulo. Na ocasião, Jean dos Santos foi atingido por disparos na coxa e abdômen e foi levado em estado gravíssimo ao Hospital Tide Setubal.
Segundo a esposa da vítima, o homem teve o fígado rompido e precisou passar por duas cirurgias. No dia do crime, o policial foi preso por lesão corporal e tentativa de homicídio.
Após a confirmação da morte, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirma que o investigador permanece preso e responderá, a partir de agora, por homicídio. O órgão ainda afirma que “as forças de segurança do estado são instituições legalistas e que desvios de conduta serão punidos com o rigor da lei”.
Imagens de uma câmera de segurança gravaram o investigador perseguindo Jean pelo estabelecimento, fazendo os disparos e agredindo-o com coronhadas.
Veja o vídeo
Relembre o caso
- O policial civil Aleksandro Felix Maximino foi preso em flagrante, na última sexta-feira (14/2), por agredir e atirar em um homem durante discussão em um posto de gasolina.
- O agente estava de folga no momento da discussão, iniciada após um acidente de trânsito entre os carros dele e da esposa da vítima.
- Conforme depoimento da mulher, ela e o policial discutiam sobre a responsabilidade do acidente, quando o investigador apertou com força o braço dela.
- Na sequência, o marido interferiu na discussão e os dois começaram a trocar socos.
- Após ser atingido por um golpe no rosto, o policial sacou uma pistola e efetuou três disparos contra a vítima.
- O homem foi atingido na coxa e abdômen, além de ter o fígado rompido.
- Equipes da Polícia Civil foram acionadas ao local, onde encontraram cápsulas dos disparos e manchas de sangue.
- Em depoimento, Aleksandro disse que agiu em legítima defesa e que a vítima teria tentado retirar a sua arma.
- Após passar por audiência de custódia, a prisão em flagrante do investigador foi convertida em preventiva.
O caso havia sido registrado como lesão corporal e tentativa de homicídio. Agora, o investigador permanece preso e responderá por homicídio.