São Paulo — A desigualdade social reflete diretamente no desempenho escolar nos anos iniciais do ensino fundamental da rede pública de São Paulo. De acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a nota média na Vila Mariana, na zona sul, é 52% maior do que a do Pari, na região central. Esses bairros representam o melhor e o pior resultado da cidade, respectivamente.
Publicado nessa quinta-feira (17/4) pela Rede Nossa São Paulo, o levantamento apontou que metade das escolas da capital paulista tem rendimento médio abaixo de 5. O número é significativamente menor do que o valor sugerido (pelo menos 6,6) pela sociedade civil no Programa de Metas 2025-2028.
O nível geral da cidade de São Paulo ficou em 5,6, apenas um décimo abaixo da média nacional. O indicador, que vai de 0 a 10, é calculado com base em dados do Censo Escolar e do Sistema de Avaliação da Educação Básica.
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Ideb em São Paulo
- Em relação aos anos iniciais (1º ao 5 º) do fundamental, a Vila Mariana alcança 7,3 de nota no Ideb, enquanto no Pari o valor médio é de 4,8.
- Entre os bairros que alcançaram bom desempenho, estão Saúde (6,9), na zona sul, e Perdizes (6,6), na zona oeste. No fim do ranking, estão ainda Penha (4,9), na zona leste, e Limão (5,1), na zona norte.
- Quando observados os últimos períodos (6º ao 9º ano), a média nacional foi de 4,7. Em São Paulo, o bairro de Pinheiros, na zona oeste, conquistou o melhor rendimento da cidade, com nota de 5,8. Em seguida, aparecem Aricanduva (5,7) e Mooca (5,6), ambas na zona leste. Por outro lado, o Ipiranga, na zona sul, chegou a apenas 4 pontos.
- No quesito tempo de atendimento para vaga em creche, há disparidades. No Alto de Pinheiros, na zona oeste, a espera foi de dois dias. No Brás, região central da capital, a demora chegou a 28 dias.
Coordenador de relações institucionais da Rede Nossa São Paulo, Igor Pantoja destacou aspectos da discrepância na educação pública entre os bairros. “Bairros de classe média, classe média alta, em São Paulo, apesar de muitas vezes nem ter tanto aluno na escola pública, mas eles ainda têm os melhores indicadores. Por outro lado, claro, alguns institutos periféricos têm indicadores piores. Uma coisa que tem mudado em São Paulo é o acesso à creche”, avaliou.