São Paulo — A Justiça de São Paulo decidiu pelo arquivamento do inquérito policial que investigava o uso de linguagem neutra no hino nacional em um ato de campanha do então candidato à Prefeitura da capital paulista, Guilherme Boulos (PSol), em 2024.
A decisão da juíza Alessandra Regina Ramos Rodrigues Bisognin atende a uma recomendação da promotora do Ministério Público, Claudia Ferreira MacDowell, que entendeu que não houve “qualquer violação da integridade do hino nacional” no ato de campanha.
A promotora ainda destaca o fato de que “o ultraje aos símbolos nacionais deixou de ser crime ainda durante a ditadura militar, em 1983″. Segundo ela, o uso da linguagem neutra teria sido um “exercício regular de um direito à livre manifestação artística”.






Lula, Marta e Boulos em comício no Campo Limpo, na zona sul de SP
Leandro Paiva/Divulgação Boulos
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Marta, Boulos, Lula, Erundina e Haddad durante convenção PT/PSol
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Guilherme Boulos e Natalia Szermeta, sua esposa
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Lula e Boulos na convenção do PSol e do PT que oficializou chapa em SP
Ricardo Stuckert
Boulos, Marta e o deputado estadual Antônio Donato (PT) comem bolo durante agenda de campanha em SP
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O candidato Guilherme Boulos (PSol) durante comício
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Boulos e Marçal partiram para ataques em debate
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Fernando Haddad e Guilherme Boulos utilizando “pulseirinhas da amizade”
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Boulos e Marta em ato na Praça da Sé, no centro de SP
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Boulos mostra camisa do Corinthians emoldurada em sua casa
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O episódio do hino ocorreu durante um comício do candidato do PSol no dia 24 de agosto de 2024, no bairro do Campo Limpo, zona sul da capital paulista.
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Na hora de executar a canção, a cantora paulista Yurungai alterou um trecho. Em vez de cantar “dos filhos deste solo”, a cantora optou por a linguagem neutra e cantou: “des files deste solo…”.
Diante da repercussão negativa, a assessoria de Boulos atribuiu a responsabilidade à produtora. O então candidato chegou a classificar a alteração como “absurdo” e sua campanha rescindiu o contrato com a empresa alegando que não havia solicitado a modificação do hino e que a produtora foi a responsável pela contratação da intérprete.
Ainda assim, a campanha de Boulos foi alvo de uma representação do senador Cleitinho (Republicanos-MG) no Ministério Público Federal, que a acusou de ter violado uma lei que veda adaptações de símbolos nacionais. À época, o MPF indicou o caso ao MP de São Paulo, responsável pelo acionamento da Polícia Civil e início das investigações.