São Paulo — O inquérito instaurado para investigar estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) que exibiram suas genitálias durante uma partida de vôlei feminino em um torneio universitário em São Carlos, em maio de 2023, foi arquivado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Ao menos oito pessoas foram investigadas pelo ato obsceno. Para o promotor Marcelo Buffulin Mizuno, da 2ª Vara Criminal de São Carlos, não seria possível identificar os envolvidos por meio das imagens do episódio, que ficou conhecido como “punhetaço”.
Na gravação, feita da arquibancada do ginásio Milton Olaio, é possível ver um grupo de alunos do lado oposto da torcida com calções abaixados, o pênis de fora, simulando masturbação enquanto as jovens da Universidade São Camilo estão em quadra.
Os depoimentos das testemunhas também não teriam sido conclusivos em apontar quem seriam os responsáveis.
Assista:
Quando o caso veio a público, em setembro de 2023, meses após o ocorrido, estudantes da Unisa alegaram que teriam sido obrigado por veteranos a exibir suas genitálias, como uma provocação à torcida rival. Eles ainda disseram que o gesto teria sido uma “resposta” ao fato de integrantes da torcida da Universidade São Camilo terem “mostrado a bunda”.
Tipificação depende de “para quem” foi “punhetaço”
Na época em que o inquérito foi instaurado, o delegado João Fernando Baptista, da Delegacia de Investigações Gerais de São Carlos, disse que a tipificação do eventual indiciamento dos estudantes da Unisa dependeria de “para quem” o gesto foi direcionado.
Ao Metrópoles, o delegado afirmou que a polícia trabalhava com duas hipóteses: a de gesto obsceno e a de importunação sexual.
Na época, 15 estudantes da Unisa foram expulsos, mas uma liminar na Justiça determinou que a universidade readmitisse todos eles.