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INSS: AGU exclui de ação 4 entidades de fachada ou que pagaram lobista

São Paulo – Pelo menos quatro entidades suspeitas do uso de laranjas em suas diretorias ou de pagamento de propina a agentes públicos ficaram de fora da lista de alvos da ação de R$ 2,56 bilhões em bloqueios movida pela Advocacia-Geral da União (AGU) contra envolvidos na farra dos descontos indevidos para ressarcir aposentados.

Em um levantamento com base em dados da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), o Metrópoles identificou também uma lista de oito associações cuja totalidade de seus filiados entrevistados por investigadores em todos os estados do país disse jamais ter se filiado a elas.

Segundo a AGU, o critério para seleção dos alvos da ação bilionária foi o uso de laranjas em diretorias e de pagamento de propina a agentes públicos. As entidades levantadas pelo Metrópoles atendem a esses critérios e não entraram na ação do órgão.

Uma das associações que não está na lista do INSS e da AGU de sanções e investigações é a União dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (Unsbras, ou Unabrasil). Ela pertence a um grupo de três associações ligadas ao empresário Maurício Camisotti, suspeito de se beneficiar com R$ 43 milhões e pagar, com uso de suas entidades, pelo menos R$ 12 milhões ao lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”.

Duas associações ligadas a Camisotti, a Cebap e a Ambec, foram alvo da ação. Ambas estão em nome de funcionários e parentes do empresário. Também pagaram a suas empresas e ao “Careca do INSS”. O mesmo aconteceu com a Unsbras. Ela foi presidida pelo pai de um de seus executivos. Também aparece nas quebras de sigilo como entidade que pagou R$ 4,7 milhões à Benfix, empresa de Camisotti, que foi a mesma que fez o repasse às empresas do lobista.

A Unsbras, ou Unabrasil, como é chamada atualmente, já faturou R$ 150 milhões com descontos sobre aposentadorias. Seu acordo foi firmado em 2023, com o ex-diretor de benefícios André Fidelis. A PF suspeita que ele recebeu propinas do “Careca do INSS” por meio do escritório de advocacia de seu filho, Eric.

A Amar Brasil Clube de Benefícios tem como seu atual presidente o aposentado Américo Monte e faturou R$ 324 milhões desde que firmou seu acordo com o INSS, em 2022, com o diretor Edson YaEmada, na gestão do ex-ministro José Carlos de Oliveira (PSD). A Polícia Federal mostrou que a entidade repassou R$ 25 milhões somente para o filho dele, Américo Monte Jr.

O Metrópoles já havia mostrado que a família de Américo Monte está presente nos quadros de diversas associações da farra do INSS. A PF encontrou pelo menos R$ 70 milhões em repasses da entidade a diversas empresas. A Amar Brasil ainda tem um detalhe: seu contador, e das empresas para as quais faz repasses, é o mesmo das companhias em nome de parentes de André Fidelis e do ex-procurador-geral do INSS, Virgilio Oliveira Filho, também suspeito de receber propinas.

Entidades ligadas a Domingos Sávio

Outras duas entidades ligadas a Domingos Sávio de Castro não foram alvo da ação da AGU. No entanto, Castro é sócio de Antonio Carlos Camilo Antunes e Adelino Rodrigues Junior, que fizeram repasses para empresas de parentes de servidores do INSS.

A Associação Brasileira dos Contribuintes do Regime Geral da Previdência Social (Abrasprev) fez uma “transação atípica” de R$ 540,5 mil para Domingos Sávio de Castro. Ele é sócio de Antunes na ACDS, empresa de telemarketing, cuja a polícia suspeita que o nome seja derivado das iniciais de “Antonio Carlos” e “Domingos Sávio”.

Domingos também é sócio da Prevent Consultoria e foi sócio da Prevenir Corretora de Seguros. Ambas empresas têm Adelino Rodrigues Junior no quadro societário, que fez vários repasses para a Thaisa Hoffmann Jonasson, companheira do ex-procurador do INSS Virgílio Filho.

Além das transferências por meio de empresas, Domingos Savio de Castro enviou R$ 1 milhão a Adelino de sua conta bancária pessoal. Na mesma conta, ele recebeu R$ 4,8 milhões da União Nacional de Auxílio aos Servidores Públicos (Unaspub), entidade alvo da AGU. A PF afirma que Domingos Sávio de Castro recebeu, ao todo, mais de R$ 10,5 milhões.

A Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas da Nação (Abapen), que também não aparece na ação da AGU, é presidida por um aposentado de Recife (PE). Ele responde por vários processos em São Paulo, e tem Domingos Sávio de Castro como procurador.

A CGU entrevistou 27 associados da Abapen e nenhum sabia que tinha vínculo com a associação. A entidade também foi autorizada por André Fidelis a fazer descontos a partir de novembro de 2023 e, desde então, já faturou mais de R$ 99 milhões.

Desvios e lavagem

Outras associações sobre as quais recaem suspeitas fortes de lavagem de dinheiro e desvios também não foram consideradas pela AGU. Entre elas, está a Contag, que acumulou R$ 2 bilhões, entre 2019 e 2024, com descontos de aposentadorias, segundo a CGU. A entidade é presidida por Aristides Veras Santos, irmão do deputado federal Carlos Veras (PT-PE). Há uma série de pagamentos sob suspeita. Entre eles, R$ 5 milhões a uma agência de viagens.

A outra é a Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), que aumentou o valor descontado de aposentados em 57.000%, entre 2019 e 2023, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU). A entidade tem ligação com o ex-ministro da Previdência de Jair Bolsonaro (PL), José Carlos Oliveira (PSD), e é a segunda no ranking geral de faturamento. A entidade tem como seu operador Cícero Marcelino, que aparece em diversas movimentações milionárias sob suspeita de lavagem de dinheiro.

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