Em meio ao escândalo do INSS, aliados dizem que o ministro Carlos Lupi (Previdência) deve pedir demissão do cargo no primeiro encontro que tiver com o presidente Lula.
Interlocutores do PDT, partido do ministro, afirmam que Lupi vem passando por um processo de fritura dentro do governo nos últimos dias e que “não há mais o que se fazer”.



Ricardo Stuckert/PR
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES
@kebecfotografo
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Para esses aliados, a decisão foi tomada após Lula ter nomeado Gilberto Waller Júnior como presidente do INSS sem a presença de Lupi. Isso demonstraria como o chefe da Previdência está desgastado na gestão petista.
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Fraude no INSS: o que segura Lupi como ministro
No próprio PDT, a opinião majoritária é que o melhor caminho é a saída da pasta. A avaliação é que, se Lupi pedir demissão, ele conseguirá deixar o governo de uma forma mais “honrosa” do que se for demitido.
Integrantes do PDT também ameaçam deixar a base do governo caso Lupi deixe o cargo. Como noticiou a coluna, a executiva nacional do partido chegou a fazer uma reunião para discutir a situação.
A coluna procurou Lupi para comentar o possível pedido para deixar o Ministério da Previdência Social, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto.
Possível omissão de Lupi e operação “Sem Desconto”
Como o Metrópoles mostrou, Lupi é acusado de se omitir em um esquema que investiga entidades por descontos fraudulentos nos benefícios de aposentados do INSS.
Na semana passada, Polícia Federal realizou mais de 200 mandados de busca e apreensão e prendeu seis pessoas na Operação Sem Desconto.
Como resultado dessas investigações, o presidente do INSS na época, Alessandro Stefanutto, e outros membros da cúpula do órgão foram afastados judicialmente.