O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta segunda-feira (5) que o novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, está com “respaldo para tomar providências” em relação ao esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A fraude levou à queda do então ministro, Carlos Lupi, que pediu demissão do cargo na sexta-feira (2).
“É importante lembrar que esse problema nasceu em 2019. Não importa onde e como nasceu. O importa é que a gente resolva. O ministro Wolney está com respaldo do governo para tomar as providências”, disse Marinho.
O chefe da pasta do Trabalho também comentou que Wolney, assim que foi convidado para assumir o cargo no Ministério da Previdência, pediu a colaboração e experiência de Marinho. “Disse a ele que estou inteiramente à disposição”, afirmou.
Estima-se que mais de R$ 6 bilhões possam ter sido cobrados ilegalmente por associações, sem consentimento de milhões de aposentados e pensionistas, entre 2019 e 2024. Os dois últimos anos, segundo as investigações, foram os de maior volume de recursos movimentados pela fraude.
Como a CNN divulgou, o governo prepara ações de ressarcimento para cobrar na justiça as empresas investigadas. Antes disso, caberá ao INSS restituir aposentados e pensionistas prejudicados.
Nesta segunda-feira (5), o governo convocou uma reunião em busca de solução para a crise.
A Casa Civil chamou para irem ao Palácio do Planalto os ministros da Previdência, Wolney Queiroz; da Controladoria Geral da União (CGU), Vinicius Marques; e o presidente do INSS, Gilberto Waller. Além deles, também deve participar um representante da Advocacia Geral da União (AGU). Esse será o primeiro encontro entre todas as áreas envolvidas para tratar do tema.
A CNN apurou que o governo enfrenta dificuldade para levantar as informações sobre o alcance da fraude e quem deve ser ressarcido. O trabalho é descrito como “gigantesco” e “complexo” por técnicos envolvidos no levantamento.