A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu William Silva Miranda (foto de destaque), 30 anos, nesta quarta-feira (30/4). Conhecido como Chuchu ou Papai, o homem é integrante da organização criminosa conhecida como Comboio do Cão (CDC) e é apontado como o mandante da execução do adolescente Samuel Soares Marques, aos 14 anos. O menor foi encontrado degolado e sem uma das mãos em janeiro deste ano.
Após um trabalho de investigação, policiais da 26ª DP conseguiram encontrar e capturar o criminoso em uma residência na cidade de Águas Lindas de Goiás, Entorno do DF. Já havia um mandado de prisão preventiva decretado contra ele.
Entenda o caso
- O corpo de Samuel foi encontrado em um matagal, em 7 de janeiro, no Córrego do Jacaré, em Samambaia (DF);
- O estudante teve uma das mãos decepadas, o pescoço cortado, além de levar 32 facadas;
- Colegas e parentes de Samuel o descreveram como “engraçado, gente boa e extrovertido”;
- A 26ª DP (Samambaia) investiga o caso e, em 11 de janeiro último, prendeu um envolvido, que confessou ter participado do homicídio brutal do jovem e deu detalhes do crime. Outro suspeito também foi detido;
- A Polícia Civil apurou que, há pouco mais de um ano, o adolescente teria começado a auxiliar integrantes do CDC no tráfico de drogas, atuando em pontos de venda e substituindo outros integrantes da facção quando necessário
Desde 30 de janeiro, o criminoso era procurado por participar da execução brutal do adolescente. A motivação para o crime seria o suposto desvio de dinheiro proveniente do tráfico de drogas operado pela facção.
William era o último foragido da Operação Redenção, desencadeada pela PCDF. Os outros dois suspeitos, Ruan Felipe Barbosa Oliveira, 20, conhecido como “Zaroio”, e Mateus Cruz Souza, 21, o “Suetam”, foram presos há cerca de três meses.
A operação teve como principal objetivo colher provas contra os membros do CDC. O crime chocou a comunidade pela brutalidade.
Adolescente degolado
Samuel Soares Marques, encontrado degolado e sem uma das mãos, no Recanto do Jacaré, em Samambaia Norte (DF), era descrito por colegas e familiares como “engraçado, gente boa e extrovertido”. Uma amiga, ao tomar conhecimento da morte, escreveu em uma rede social que o garoto “só pensava em ajudar o próximo e não fazia mal a ninguém”.
Em depoimento à 26ª DP (Samambaia) à época, um dos homens presos deu detalhes do crime após confessar o homicídio. Frio, o assassino deu detalhes do homicídio macabro.