O Japão decidiu suspender a importação de frangos brasileiros produzidos em municípios onde foram detectados animais infectados com gripe aviária (H5N1). O país asiático compra 70% de seu frango do Brasil – terceiro maior destino de exportação, depois da China, que também suspendeu a compra das aves brasileiras, e dos Emirados Árabes Unidos.
Até o memento, China, União Europeia, Argentina e agora Japão interromperam as importações de aves do Brasil.
O primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial aconteceu no Rio Grande do Sul na quinta-feira (15/5), no município de Montenegro (RS) e foi informado na manhã da última sexta (16/5). A granja atingida abrigava abrigava 17 mil aves — parte delas morreu, e o restante foi sacrificado.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, decretou estado de emergência zoossanitária por 60 dias na região e as aves que sairiam do RS, terceiro maior exportador de frango do Brasil, para outros países, foram colocadas fora de circulação.
Desde então, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou que investiga cinco novas suspeitas de foco de H5N1 no Brasil, sendo elas nos estados de Santa Catarina, Mato Grosso, Tocantins, Ceará e Sergipe.
Atualmente, dois focos ativos da doença estão em andamento no Rio Grande do Sul: uma em Montenegro – em uma propriedade de subsistência que fica no raio de 3 km da granja comercial onde surgiu o primeiro caso da doença – e outro em Sapucaia do Sul.
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No momento, conforme o plano de contingência, o Brasil está no terceiro estágio mais grave em uma escala que vai de um a cinco. O que levou o país ao tal estágio no plano de contingência foi justamente a identificação do foco de gripe aviária.
Os próximos níveis do plano de contingência são de emergência e crise. As situações são agravadas caso haja avanço nos cenários de transmissão do vírus para humanos
Apesar disso, o governo alerta que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos e que o risco de infecções em humanos pelo vírus é baixo, além de que, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas).
“É importante esclarecer que a doença não é transmitida pela ingestão de carne ou ovos inspecionados. Para se proteger, evite tocar em aves doentes ou mortas, pois o contato direto com esses animais pode ser contagioso. Ao encontrá-los, é necessário comunicar as autoridades competentes”, afirmou o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV).