Homenageado no Cine PE, Júlio Andrade revelou que batalhou por sete anos para dar vida a Gonzaguinha no filme Gonzaga: De Pai para Filho, lançado em 2012.
Mesmo sem grande visibilidade na época, o ator procurou a produtora de elenco e fez um teste marcante, onde apareceu caracterizado com uma peruca barata, roupa característica do cantor e uma bolsinha “meio comunista”.
“Cheguei lá na onda Gonzaguinha, meio blasé”, relembrou. No início da audição, ele perguntou: “Bicho, posso cantar aqui?”, e na sequência soltou a voz com a canção Feliz.
A performance mexeu com o diretor Breno Silveira, que enfrentava um momento pessoal difícil. “Ali eu senti que eu ganhei aquele papel”, disse Júlio.
O ator contou que foi difícil se despedir do personagem e que chegou a pensar em fazer shows como Gonzaguinha: “O filme foi uma experiência muito foda para mim. Foi difícil deixar, porque eu queria mais”.
Ele também prestou homenagem a Breno, que faleceu em 2022: “Ele me ensinou que cinema se faz com tesão e paixão. Tenho muita saudade dele.”
Gonzaga: De Pai para Filho mostra a trajetória de Luiz Gonzaga e a relação dele com o filho, Gonzaguinha, um símbolo da MPB.
A trama fala da integração do Brasil por meio do afeto e da música, a mesma música que os uniu, os consagrou e os distanciou.