São Paulo — Dois acusados de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC) foram condenados a penas de 25 e 28 anos de reclusão, em regime fechado, pela prática do “tribunal do crime” em Piracicaba, no interior de São Paulo, após denúncia encaminhada à Justiça pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) .
A sentença, proferida nessa quarta-feira (23/4) se junta a outra de novembro do ano passado, quando um homem e uma mulher foram condenados a 28 e 21 anos, respectivamente, pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e organização criminosa.
- Conforme a denúncia, no dia 9 de fevereiro de 2022, os quatro réus — três homens e uma mulher — sequestraram a vítima e a submeteram ao tribunal do crime, sob a imputação de que ela teria cometido crime de estupro na comunidade onde vivia.
- A vítima foi mantida em cativeiro por aproximadamente quatro dias, até ser julgada. Depois, foi executada e teve o corpo ocultado pelos acusados.
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“O Conselho de Sentença deu a resposta necessária para esse crime de extrema gravidade. É preciso que o Estado de Direito sempre se sobreponha à audácia criminosa da facção criminosa, que busca exercer, pela força e pelo temor, o domínio de comunidades, impondo suas regras de condutas e aplicando penas de morte em seus julgamentos criminosos, sem qualquer legitimidade de seus atos”, declarou o 2º Promotor de Justiça de Piracicaba Aluisio Antonio Maciel Neto.