O padre Carlos Martins revelou detalhes de possessões demoníacas que viu nos últimos anos no livro Exorcista – Os Arquivos Secretos. Especialista em demonologia, ele foi reconhecido pelo papa Francisco e recebeu autorização para atuar como exorcista.
No livro, o padre alega que o mal assombra em silêncio e revela detalhes de como isso acontece. Para aproximar o leitor dos casos de exorcismos, ele compartilha detalhes de levitações, falas com vozes sobre-humanas, ataques físicos invisíveis e manifestações espirituais que desafiam a lógica.
O religioso também destaca a importância de diferenciar distúrbios psicológicos de manifestações malignas e explicou que nenhuma sessão de exorcismo é iniciada sem avaliações criteriosas, inclusive de equipes médicas.
Ao mesmo tempo, o padre explica como doenças físicas e mentais, além de traumas, ambientes familiares disfuncionais e práticas espirituais distorcidas atuam como porta de entrada para o mal.
Casos sombrios
Em um dos episódios relatados no livro, Carlos conta a história de Cheryl, uma mulher atormentada pelo desejo de ser mãe. Frustrada por não conseguir engravidar e mergulhada em uma depressão profunda, ela procura respostas no ocultismo, sem imaginar que abriria uma perigosa brecha espiritual.
O sofrimento emocional logo deu lugar a episódios de violência, vozes graves e uma presença que a dominava. Neste caso, o padre defende que não se trata apenas de expulsar o demônio, mas também de fechar brechas, tratar feridas da alma e restaurar a dignidade da vítima.
Segundo o religioso, sem esse processo, o inimigo retorna para o corpo ainda mais forte e vingativo.
O exorcismo, de acordo com ele, é mais do que um ritual: é uma batalha travada entre dois reinos, em que o profissional atua como um soldado armado com fé, autoridade e discernimento.
Visão da Igreja Católica
No livro, o padre Carlos Martins também mostra o entendimento da igreja sobre a atividade demoníaca.
Ele explica o que caracteriza uma possessão, de que forma os espíritos malignos se infiltram na vida das pessoas, como ocorre uma sessão de exorcismo e por que os demônios recorrem à possessão como forma de alívio.
História de Carlos Martins
Antes de tornar-se sacerdote, o padre era ateu. Ele se converteu na juventude e atuou por anos como exorcista, profissão que jamais pensou em escolher.
Hoje, ele percorre o mundo como evangelizador e missionário da misericórdia, nomeado pelo papa Francisco, que morreu em 21 de abril.