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Lula avalia Boulos para ministério e desagrada alas de PT e PSol

São Paulo — As especulações sobre a possível ida do deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) para um ministério no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) geraram reações negativas de alas do PSol e do PT. Segundo aliados, uma das pastas que o psolista poderia assumir em meio à reforma ministerial é a Secretaria-Geral da Presidência.

O Metrópoles apurou que Lula mencionou em conversa com Boulos há cerca de dez dias de que gostaria de tê-lo no governo. Ex-líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o deputado é visto com bons olhos pelo petista para liderar a pasta responsável pela articulação com os movimentos sociais.

Boulos pertence à corrente atualmente maioritária do PSol, que defende a aproximação do partido com o PT. A ala minoritária, no entanto, entende que, embora o partido tenha se engajado na campanha de Lula contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, a legenda não deve aderir totalmente a um governo que tem o Centrão em diversos ministérios.

“O Boulos tem uma política de aproximação bem forte com o PT, então não é algo impossível de acontecer. Inclusive, essa opinião dele que o PSol deve estar dentro do governo é uma coisa que nos diferencia e dos motivos para estarmos em grupos diferentes. Eu não acho que figuras do PSol devem estar dentro do governo PT, ainda que a gente tenha batalhado muito para eleger o Lula numa conjuntura, ainda presente, de luta contra o bolsonarismo”, afirmou uma pessoa do PSol.

Já a ala “boulista” acredita que virar ministro pode dar a Boulos mais musculatura política para as próximas disputas eleitorais. Mesmo após perder no segundo turno a corrida pela Prefeitura de São Paulo nas duas últimas eleições, o deputado ainda é visto com um dos principais quadros da esquerda. “Ele precisa tirar essa ‘trava’ de nunca ter tido experiência no Executivo”, relatou um aliado.

Para o ex-ministro e deputado federal Orlando Silva (PCdoB), Boulos é “uma grande liderança política e com capacidade de diálogo”. “Me parece que ele tem a confiança do presidente Lula o que pode torná-lo mais um interlocutor qualificado. O fato de não ser do partido [de Lula] também pode ser útil para termos outros olhares à disposição do Presidente”, afirmou.

PT vê perda de espaço

A figura de Boulos é bem vista no PT. No entanto, o surgimento de seu nome gera reações negativas entre petistas, uma vez que o partido perderia um membro de uma sigla pequena e dividida.

Petistas argumentam que o PSOL, hoje com Sônia Guajajara no Ministério dos Povos Indígenas, já tem uma pasta acima do tamanho da sigla na Câmara. Outro ponto é que o partido tem uma ala radical que não está 100% com o governo.

Boulos também teria outro ponto negativo: seria candidato a algum cargo em 2026 e teria que largar o ministério para disputar as eleições. O psolista é cotado para ser o candidato da esquerda ao governo de São Paulo. Alexandre Padilha, por exemplo, topou abrir mão da candidatura para assumir o Ministério da Saúde.

Outro argumento ouvido pelo Metrópoles é que a nomeação de Boulos daria um sinal de radicalismo, em um cenário de que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, assumirá a Secretaria das Relações Institucionais. A petista faz parte de uma ala mais à esquerda do PT, crítica ao grupo mais moderado, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Também circulam outros nomes como possíveis cotados ao cargo, como o dos petistas Paulo Pimenta (PT) e do advogado Marco Aurélio Carvalho. Pimenta também teria a desvantagem de ser candidato em 2026, uma vez que o nome dele é cotado para disputar o governo do Rio Grande do Sul. Coordenador do grupo Prerrogativas, Carvalho chegou a ser cotado para o cargo logo no início do governo Lula e tem seu nome bem visto dentro do PT.

A discussão do nome de Boulos também leva a um dilema antigo, que é a possibilidade de que ele migre para o PT. A mudança poderia ajudar a diminuir a pecha de radical do ex-líder do movimento sem-teto, mas também tiraria dele a situação de protagonismo que ele tem hoje no PSol.

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