Quer fazer parceria comigo? Agende uma ligação

Popular Posts

Dream Life in Paris

Questions explained agreeable preferred strangers too him her son. Set put shyness offices his females him distant.

Categories

Edit Template

Lula, Collor, Bolsonaro, uma geração que se despede

Não é sobre uma questão de idade – Lula da Silva, pernambucano, com 79 anos, Fernando Collor, carioca, com 75 e Jair Bolsonaro, paulista, com 70. É sobre o declínio político que os força a sair de cena, cada um ao seu modo, mas não ao seu gosto.

Apesar de ser o mais velho, Lula é quem tem melhor saúde. Venceu um câncer que quase lhe custou a voz, seu principal instrumento de trabalho Recuperou-se de uma queda, seguida de hemorragia intracraniana, que por pouco não lhe custou a vida.

A crer nos médicos, Collor sofre de Parkinson, transtorno afetivo bipolar que provoca variações bruscas de humor, como períodos de euforia e depressão, doença que afeta 140 milhões de pessoas no mundo. E apneia obstrutiva do sono. Quer dizer: ronca muito.

Operado pela sexta vez desde a facada que levou em Juiz de Fora e que o ajudou a se eleger presidente, Bolsonaro padece de severa obstrução intestinal. Não por causa da facada, mas porque nunca se cuidou direito. Poderá morrer se for novamente operado.

Uma vez condenado por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro é aspirante a cumprir a pena em casa, algemado a uma tornozeleira eletrônica. Se Collor obteve tal privilégio depois de recolhido a uma penitenciária, por que Bolsonaro será tratado de forma diferente?

A carreira política de Collor acabou, não importa quantos anos passe isolado no seu apartamento à beira-mar em Maceió. Bolsonaro está inelegível até 2030. E sua inelegibilidade aumentará depois de condenado pelo Supremo Tribunal Federal.

A não ser que a saúde lhe faça uma surpresa, Lula será candidato a governar o Brasil pela quarta vez. Todas as eleições presidenciais pelo voto popular desde o fim da ditadura militar de 64 ocorreram à sombra de Lula. Ele disputou 6 e ganhou 3.

Mas não só: elegeu Dilma duas vezes, e só não se elegeu preso porque a Justiça não deixou. Em 2018, Lula liderou todas as pesquisas de intenção de voto até final de agosto. Com seu apoio, Fernando Haddad foi para o segundo turno contra Bolsonaro.

Até os adversários mais ferrenhos admitem que Lula tem vaga assegurada no segundo turno da eleição de 2026. Mas até seus aliados concordam que já foram maiores as chances de ele vencer. A verdade é que o mundo mudou e Lula não se deu conta.

No 1º de maio do ano passado, em São Paulo, ao falar para menos de duas mil pessoas, Lula disse a certa altura:

“A preocupação que eu tinha de voltar a governar é porque teria de competir com o meu primeiro e segundo mandatos. Hoje eu posso olhar na cara de vocês e dizer: nós vamos fazer um mandato melhor do que nós fizemos os outros dois.”

Não faz. E não é só por culpa dele. Mas em grande parte é. De novo: o mundo mudou a uma velocidade extraordinária e Lula enfrenta sérios problemas de conexão.

O maior líder sindical que o país já teve, o fundador do Partido dos Trabalhadores, o presidente mais popular da história, preferiu este ano falar aos trabalhadores à distância e a salvo de um fracasso de público. Convenhamos: é um mau sinal.

 

Todas as colunas do Blog do Noblat

Link da fonte

Compartilhar artigo:

Edit Template
© 2025 Criado com complementos Radar news 24H