Kananaskis, Canadá — O presidente Lula usou um de seus discursos durante a cúpula do G7, nesta terça-feira (17/6), no Canadá, para convidar líderes estrangeiros para a COP30, a conferência do clima da ONU que acontecerá em Belém (PA), no mês de novembro.
Em sua fala, Lula disse contar com a participação de todos os presentes no G7 na COP30 “em pleno coração da Amazônia” . “Belém será um teste para os líderes globais mostrarem a seriedade de seu compromisso com o futuro das pessoas e do planeta”, afirmou.
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Lula, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e primeiro-ministro da Índia Narendra Modi
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Lula com a presidente do México, Claudia Sheinbaum
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Lula com o presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung.
Ricardo Stuckert / PR
Nesse discurso, o presidente brasileiro mencionou uma série de “promessas não cumpridas”, que, nas palavras dele, se somam a “cortes e retrocessos deliberados”. “O Protocolo de Quioto foi um símbolo do nosso fracasso coletivo”, citou Lula, como exemplo.
O chefe do Palácio do Planalto mencionou ainda que a COP29, que ocorreu em 2024 no Ajerbaijão, terminou “com resultados decepcionantes”. O petista lembrou ainda que, no ano passado,países ricos reduziram em 7,1% sua “Ajuda Oficial ao Desenvolvimento”.
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No discurso, Lula elencou cooperação tributária internacional como uma “frente crucial” para reduzir desigualdades no mundo. Ele voltou a defender a proposta de taxar em 2% o patrimônio de indivíduos super-ricos, o que, segundo ele, pode gerar US$ 250 bilhões ao ano.
“Os membros do G7 detêm mais de 40% do poder de voto no Banco Mundial e no FMI. Tornar essas instituições mais representativas é crucial para aproximá-las das necessidades do Sul Global”, disse Lula.
O chefe do Palácio do Planalto defendeu ainda como “urgente” a desburocratização do acesso a fundos climáticos e o investimento em mecanismos inovadores.