O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) almoçou nesta quinta-feira (22/5) com o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), em sua casa no Alto de Pinheiros, bairro nobre da zona oeste de São Paulo.
Pela manhã, os dois estiveram na inauguração dos novos cursos de Medicina e Biomedicina do Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista. Na ocasião, o ministro da Educação destacou o decreto que regulamenta o Educação a Distância (EaD) e proíbe a formação de médicos e enfermeiros nesta modalidade.
“É um marco importante para garantir qualidade na formação desses profissionais no país”, disse Santana no evento. A nova política de educação a distância foi assinada nessa segunda-feira (19/5), em Brasília, em uma cerimônia com a presença de Lula.
Ex-governador do Ceará, Camilo Santana faz parte de uma ala de petistas que tem ganhado força nos últimos anos por recentes sucessos eleitorais.
Em 2022, Camilo conseguiu garantir que seu sucessor, Elmano Freitas (PT), fosse eleito ao governo cearense. Nas eleições municipais, o petista Evandro Leitão levou a melhor, derrotando José Sarto, do PDT de Ciro Gomes, que era candidato à reeleição.
Segundo petistas, também partiu do Ceará a principal pressão para o PDT sair da base do governo Lula na Câmara dos Deputados após o ministro Carlos Lupi (PDT) se demitir em meio ao escândalo dos descontos indevidos de aposentados do INSS, revelado pelo Metrópoles.
Disputa no PT
Também cearense, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT), faz parte de uma ala da corrente majoritária petista que ameaçou se dividir contra a candidatura do ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, candidato de Lula para a presidência do PT.
Guimarães foi cogitado como candidato nas eleições internas, mas o integrante desse grupo dissidente que de fato se colocou como candidato foi o prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT).
Em uma articulação de Lula com a ministra Gleisi Hoffmann (PT), da Secretaria de Relações Institucionais, Quaquá retirou a candidatura à presidência do partido, mas garantiu que a tesouraria permanecerá com Gleide Andrade, que faz parte do mesmo grupo.
O acordo desfez um possível racha na principal corrente do PT, mas pode ser visto como uma derrota para o candidato favorito de Lula, que tentou até o último minuto ter a prerrogativa de escolher o tesoureiro do partido.
Além de Edinho, Valter Pomar, Romênio Pereira e Rui Falcão também disputam a presidência do PT.