A investida de Israel sobre o território da Faixa de Gaza foi chamada novamente pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “genocídio”. Lula foi enfático ao tratar da questão durante uma entrevista coletiva concedida a jornalistas na China, na noite da terça-feira (13/5) pelo horário do Brasil.
“Eu espero que ele (Donald Trump) possa dar uma contribuição para terminar o genocídio, a palavra eu vou repetir aqui, para terminar o genocídio na Faixa de Gaza. Aquilo não é uma guerra, aquilo é um genocídio”, enfatizou Lula.
A afirmação de Lula veio logo após o reconhecimento à atuação do presidente norte-americano na tentativa de encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Durante a conversa com jornalistas, Lula também criticou o desrespeito à Organização das Nações Unidas (ONU) e cobrou mais uma vez a ampliação dos assentos no Conselho de Segurança da instituição.
“Você não tem hoje uma instituição capaz de ser uma referência. Ou seja, as decisões que a ONU tomou sobre Gaza, o que aconteceu? Nada! Porque as pessoas aprenderam a desrespeitar a ONU. As pessoas aprenderam que a ONU não tem mais representatividade”, pontuou.
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Crise diplomática
Em fevereiro do ano passado, Lula fez a mesma afirmação sobre um genocídio em Gaza. À época, a afirmação abriu uma crise diplomática com Israel. À época, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, convocou o embaixador brasileiro no país, Frederico Meyer, para uma conversa. O encontro foi marcado por uma reprimenda pública ao embaixador.