Neste sábado (14/6), o presidente dos Estados Unidos (EUA) Donald Trump completa 79 anos. A data se tornou um marco para grandes manifestações, tanto a favor quanto contra do líder republicano.
Trump organizou uma das maiores paradas militares da história para ocupar Washington, a capital do país. Os desfiles oficialmente celebram os 250 anos do exército americano, mas opositores apontam que ele está fazendo o desfile, que custou mais de US$ 40 milhões, ser sobre ele, já que os cartazes do evento usavam fotos do presidente.
O evento foi anunciado há duas semanas, quando começaram a se avolumar protestos contra o presidente. Nos Estados Unidos, paradas militares como esta não ocorrem desde 1991. Quase 7 mil soldados participarão do evento.
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Protesto anti Trump
Por outro lado, Trump enfrenta um dos maiores dias de protesto do segundo mandato. O movimento No Kings (Sem Reis, em português) organiza manifestações em todos os 50 estados dos EUA.
Mais de 2 mil protestos estão confirmados, com a expectativa de superar os números da manifestação Hands Off! (Tire Suas Mãos), realizada em abril. Apenas na Califórnia, são esperados mais de 200 atos que começariam a se reunir a partir das 14h, horário de Brasília.
O que está acontecendo na Califórnia
- Manifestações começaram na sexta-feira (6/6), em Los Angeles e cidades próximas, em resposta à intensificação das ações contra imigração irregular promovidas pelo governo de Trump.
- Os protestos resultaram em confrontos com as forças de segurança. Houve episódios de violência e dezenas de pessoas foram detidas durante os atos.
- No mesmo dia do início dos protestos, ao menos 44 pessoas foram presas por agentes federais de imigração, aumentando a tensão na região.
- As prisões fazem parte de uma campanha nacional de repressão à imigração irregular, promovida por Donald Trump, com batidas e deportações em diversos estados.
- Trump ordenou o envio de quase 300 soldados da Guarda Nacional à cidade, sem o aval do governador da Califórnia, Gavin Newsom.
- A medida foi contestada por Newsom, que a classificou como inconstitucional e afirmou que o estado tem capacidade de lidar com os protestos sem ajuda externa.
- Essa é a primeira vez em décadas que um presidente dos EUA envia tropas da Guarda Nacional a um estado sem a solicitação ou consentimento do governador.
Organizadores pedem manifestações pacíficas
Os líderes do No Kings destacam o caráter pacífico da mobilização. Em videoconferência realizada na quarta-feira (12/6), mais de 4 mil organizadores receberam orientações sobre segurança e estratégias para evitar confrontos.
Voluntários atuarão como fiscais dos atos. As recomendações incluem não responder a provocações nem confrontar policiais. Os organizadores buscam evitar qualquer ação que possa gerar repressão direta ou uso de força.
Outros protestos independentes também devem ocorrer, especialmente em Washington, onde o No Kings não tem atos programados. Grupos locais planejam marchas paralelas em resposta à presença militar na cidade.
Ação federal aumenta clima de tensão
A tensão nos EUA está alta desde segunda (9/6), quando a Guarda Nacional foi enviada para conter protestos em Los Angeles. A decisão foi uma resposta a protestos contra as operações da imigração para prender e deportar especialmente latinos.