Luís Fernando Baron Versalli, de 54 anos, o Barão, foi condenado a 60 anos de prisão, na terça-feira (10/6), por degolar e apunhalar, em junho do ano passado, dois ex-chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior paulista.
Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Souza, o Rê, eram da Sintonia Restrita, célula de elite do PCC, responsável por monitorar e planejar atentados contra autoridades, como o ex-juiz Sérgio Mouro.
Como mostrado pelo Metrópoles, ambos foram assassinados com golpes de canivete e punhal, em 17 de junho de 2024, quando a unidade de segurança máxima era inspecionada pela juíza-corregedora Renata Biagioni.
Barão foi condenado pelo duplo homicídio. O o também detento Elidan Silva Ceu, 46 , o Taliban, foi sentenciado a 30 anos pelo assassinato de Nefo.
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Aline de Lima Paixão e o marido Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, do PCC
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Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo
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Rê era acusado de participar de plano contra Sergio Moro
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Sandro dos Santos Olimpio, o Cisão
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Pedro Luiz da Silva Soares, o Chacal
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Patric Velinton Salomão, o Forjado
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Ulisses Scotti de Toledo seria o “Lelê”, segundo investigação
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Nefo e Rê eram acusados de participar de plano de sequestro de Sergio Moro
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Os crimes foram registrados por uma câmera de monitoramento, contribuindo para que a dinâmica das execuções fosse entendida.
Além de Barão e Taliban, Jaime Paulino de Oliveira, o Japonês, 47, e Ronaldo Arquimedes Marinho, o Saponga, 53, aparecem nos registros como envolvidos no crime. Ambos ainda serão julgados pelos assassinatos. Nenhum deles admitiu participação.
Elite do PCC
Antes de serem executados, os ex-chefes da facção foram presos em março de 2023, no âmbito da Operação Sequaz, deflagrada pela Polícia Federal (PF) para desmantelar o plano de atacar o senador Sergio Moro (União-PR) e a família dele. O promotor Lincoln Gakiya, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), também era alvo do bando.
Acusado de usar o canivete para matar Nefo e Rê, Ronaldo Arquimedes Marinho, o Saponga, está preso desde 1989. Na época, ele já respondia por um assalto à mão armada, cometido na frente de uma criança, por se vingar da morte do irmão e executar o assassino em um terreno baldio da zona leste da capital paulista.
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Ao todo, Saponga é condenado a 41 anos, 3 meses e 21 dias. Desde então, ele acumula mais de 70 faltas disciplinares na cadeia – incluindo ameaças e xingamentos a agentes penais e destruição de bens públicos, como detector de metais.
Elidan Silva Céu, o Taliban, também membro fichado do PCC, foi acusado de matar por asfixia o detento Luiz Carlos Combinatto, na Penitenciária 2 de Itirapira, no interior paulista, em maio de 2005.