Em entrevista à CNN, o novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller, disse que mecanismos que poderiam impedir as fraudes em descontos associativos “não foram colocados em prática” em gestões passadas.
“Havia avisos, alertas, mecanismos, e não foram colocados em prática. O que a gente precisa é colocar em prática, para assegurar ao nosso benificiário que tudo que mexer na folha dele […] seja resguardado com legitimidade”, afirmou, nesta segunda-feira (5).
O presidente anterior do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado da direção da autarquia e, posteriormente, demitido, após operação da Polícia Federal (PF) junto à Controladoria-Geral da União (CGU) no final de abril mirar a fraude, que pode ter descontado indevidamente até R$ 6,3 bilhões em pensões e aposentadorias.
As contas da PF e da CGU levam em conta descontos ocorridos de 2019 e 2024 – ou seja: anteriores até à gestão de Stefanutto, alçado ao cargo em julho de 2023.
Para Waller, é preciso que não ocorra apenas a punição dos responsáveis pelas fraudes, mas que ocorra um processo para “sanear” o INSS, de modo a evitar fraudes do tipo.
“A ideia é regularizar, é modificar, é planejar mudanças, planejar melhorias no INSS”, disse ao CNN 360°.
Por ora, os descontos associativos estão suspensos por “prazo indeterminado”, até que a autarquia pense em um “modelo diferente” para eles, segundo Waller.
Entenda como funcionava a fraude de R$ 6 bilhões em benefícios do INSS