A médica Ana Maria Machado Vasques (foto em destaque), 36 anos, acusada de provocar uma grave colisão que resultou na morte de uma diarista (leia mais abaixo) e deixou outras duas pessoas feridas, em julho de 2024, também esteve envolvida em uma briga de bar, a qual terminou com o marido dela, um policial militar, assassinado.
Em fevereiro de 2024, meses antes da colisão, o soldado da Polícia Militar de Goiás (PMGO) Diego Santos Purcina, 30, foi baleado durante uma confusão em um bar de Novo Gama (GO), no Entorno do Distrito Federal.
O tiro que atingiu o marido da médica foi disparado pelo primeiro-sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jefferson José da Silva. Ele acabou absolvido pela Justiça após os desembargadores avaliarem que ele agiu em legítima defesa.
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A briga começou após uma discussão entre Ana Maria e uma mulher que estava à mesa com Jefferson José. Uma testemunha afirmou que a médica encarava um amigo do primeiro-sargento da PMDF e que, após reparar a situação, a esposa desse homem teria se irritado e iniciado a confusão.
À época, a coluna Na Mira, do Metrópoles, havia apurado que a briga começou quando Ana Maria, supostamente embriagada, teria esbarrado em ocupantes da mesa na qual estava o PM do Distrito Federal e que Jefferson José tinha “nada a ver” com a briga.
Tanto conhecidos do soldado quanto amigos do primeiro-sargento afirmaram que o militar não começou a confusão nem participou dela. “[Jefferson José] tentava separar a briga, quando a esposa de Diego aplicou um mata-leão nele. Ele, então, sacou a arma e efetuou único disparo defensivo”, detalhou a decisão que absolveu o policial de Goiás.
Câmeras de segurança do bar registraram o momento de início da briga generalizada que terminou com a morte de Diego.
Assista:
Morte de diarista
Na madrugada de 13 de julho de 2024, Ana Maria conduzia um Fiat Fastback branco em alta velocidade e sob efeito de bebida alcoólica, quando bateu na traseira de um Ford Fiesta prata que trafegava pela via.
Com o impacto da colisão, o carro atingido subiu o canteiro central da via e caiu em uma vala. O crime aconteceu por volta das 2h45, na DF-480, próximo ao condomínio Fênix, no Gama.
Dentro do veículo havia cinco pessoas. Uma das passageiras, identificada como Luzinete Alves de Oliveira, não resistiu e morreu. Outras duas mulheres ficaram feridas. O motorista do Fiesta e um terceiro ocupante do automóvel não se lesionaram.
Testemunhas e socorristas afirmaram que a médica apresentava sinais de embriaguez, fala arrastada, falta de coordenação e forte “odor etílico” após a colisão.
Antes da chegada da Polícia Militar, Ana Maria teria dito que “iria fazer xixi”, perto de um condomínio na região, e não retornou mais ao local do ocorrido.
Veja imagens da colisão:




Médica bateu em carro
Imagem cedida ao Metrópoles
Carros ficaram destruídos após acidente
Imagem cedida ao Metrópoles
Médica fugiu após acidente
Imagem cedida ao Metrópoles
Mulher de 52 anos morreu
Imagem cedida ao Metrópoles
Posteriormente, em depoimento à Polícia Civil do DF, a profissional de saúde relatou que “não bebeu” e alegou que o outro carro “estava com as luzes apagadas”. Complementou, ainda, dizendo que um tio foi buscá-la e só deixou o local da batida porque “um bombeiro disse que todos os ocupantes estavam bem”.
Nessa quarta-feira (30/4), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou Ana Maria por homicídio doloso com dolo eventual pela morte de Luzinete, e por tentativa de homicídio, também doloso, contra as outras quatro pessoas que ocupavam o veículo atingido.
A denúncia também abrange os crimes de condução de veículo sob influência de álcool e fuga do local do acidente para evitar a responsabilização penal e civil.