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Mercado respira após acordo tarifário, mas investir lá fora exige cautela. Saiba mais


O cenário global muda quase como em um piscar de olhos. Na semana passada, o mercado financeiro operava sob forte tensão por causa da escalada da guerra tarifária iniciada por Donald Trump contra seus parceiros comerciais – falava-se até em 60% de chance de recessão na maior economia do mundo. Já na madrugada da última segunda-feira (12), tudo mudou: a assinatura de um acordo entre Estados Unidos e o país asiático sinalizou uma trégua, gerando certo alívio.

O maior índice norte-americano saltou para a máxima de dois meses, o dólar se valorizou frente a outras moedas e o Ibovespa deu uma nova guinada, registrando um novo recorde. Ainda assim, as incertezas permanecem no horizonte, e o momento continua exigindo cuidado na hora de montar os investimentos no exterior ou comprar e vender ativos, segundo especialistas.

“Incerteza e imprevisibilidade seguem, assim como deve seguir a cautela entre os investidores”, disse Rachel de Sá, estrategista do time de research da XP, em call realizada na terça-feira (13).

A postura do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) tem sido um termômetro da conjuntura americana. Em março, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) projetava um país com crescimento mais fraco e inflação ainda alta – um cenário típico de estagflação. Isso exigiria juros elevados por mais tempo para conter a alta de preços, mesmo com a desaceleração da economia.

Na reunião de maio, os membros da autoridade monetária reforçaram a visão. O Fed adotou um tom cauteloso, indicando que suas decisões passariam a depender mais dos dados do que de projeções.

Paralelamente, dúvidas sobre a estabilidade institucional americana passaram a pressionar dois pilares do sistema financeiro global: o chamado “privilégio exorbitante” – a capacidade dos EUA de emitir a moeda global e ser financiado pelo resto do mundo – e o “excepcionalismo americano”, crença segundo a qual o país é qualitativamente diferente de outras nações. O enfraquecimento do dólar em abril acendeu um sinal de alerta.

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Diversificação internacional continua essencial

Mesmo nesse ambiente de incerteza e fragilidade institucional – um pouco menos pressionado com a recente trégua e o otimismo pontual dos mercados -, especialistas recomendam que o investidor deve manter uma estratégia de diversificação internacional. No geral, a recomendação é manter cerca de 15% do patrimônio no exterior, por uma série de razões.

A primeira é a proteção cambial: mesmo quem vive e consome apenas no Brasil sente os efeitos da variação do dólar no preço de alimentos, combustíveis e viagens. A segunda é que o real, desde sua criação, já perdeu mais de 80% do valor frente à moeda americana.

“O fator determinante para a recomendação de alocação internacional está na diversificação e na proteção do patrimônio. Uma alocação no exterior é estrategicamente adequada para quase todos os perfis de investidor, inclusive os conservadores. É possível, por exemplo, obter proteção cambial contra uma eventual desvalorização do real”, afirmou Fabricio Voigt, economista da Aware Investments.

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Leia também: Aprenda a investir em dólar e entenda vantagens e riscos

Como distribuir a carteira no exterior?

Dentro desses 15%, a distribuição sugerida pela XP é a seguinte:

  • 53% em renda fixa internacional (43% em títulos públicos e 10% em títulos corporativos),
  • 40% em renda variável (com 60% desse total em ações americanas),
  • 5% em investimentos alternativos,
  • 2% em fundos de liquidez imediata (os chamados money markets).

No caso da renda fixa, o banco britânico Standard Chartered considera atrativa a compra de títulos públicos dos EUA, como os Treasuries de 10 anos, que estavam pagando 4,48% ao ano na quarta-feira (14). “O rendimento dos bonds do governo americano de 10 anos está se aproximando do topo de sua faixa recente”, avaliou o banco em relatório divulgado nesta semana.

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Já para títulos corporativos, o time de renda fixa da XP sugere empresas brasileiras que captaram recursos no mercado americano. Entre os papéis sugeridos estão:

  • Marfrig (MRFGBZ 6 5/8 08/06/29),
  • Brava Energia (RRRPBZ 9 3/4 02/05/31),
  • Usiminas (USIM 7 1/2 01/27/32),
  • Eletrobras (ELEBRA 4 5/8 02/04/30),
  • Tupy (TUPY 4 1/2 02/16/31).

Aposta em tecnologia e IA

Apesar das incertezas políticas nos Estados Unidos, alguns setores da renda variável seguem atrativos – especialmente os ligados à tecnologia. A gestora BlackRock, em seu comentário semanal, afirmou acreditar que as ações americanas devem retomar a liderança global, impulsionadas pelo avanço da inteligência artificial. Segundo a casa, a tecnologia tem potencial para sustentar os lucros no curto prazo e aumentar a produtividade no longo prazo.

Fábio Macedo, COO da corretora Webull Brasil, compartilha dessa visão. “Hoje, qualquer investidor que pense no longo prazo e não tenha uma exposição proporcional ao setor de tecnologia pode estar deixando passar oportunidades importantes”, afirmou.

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Apesar do otimismo com a tecnologia, o UBS decidiu rebaixar sua recomendação para ações americanas de “atrativas” para “neutras”, após uma alta de 11% do índice S&P 500 desde 10 de abril. Segundo o banco suíço, a recente valorização já refletiu o alívio nas tensões comerciais com a China, tornando o risco-retorno mais equilibrado. O movimento, no entanto, não representa uma visão pessimista, segundo o UBS. A recomendação segue sendo manter a alocação estratégica em ações dos EUA, com expectativa de valorização ao longo dos próximos 12 meses.

Leia também: Diversificação em dólar – 9 ações gringas para investir em maio



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