Depois de acabarem com os sedãs, agora chegou a vez dos hatches darem espaço para os SUVs. Pelo menos é isso que está para acontecer na Mercedes, que está matando oficialmente o Classe A, seu único hatchback.
A revelação foi feita por Markus Schafer, diretor de tecnologia da Mercedes, durante o evento de lançamento da terceira geração do CLA. Rumores sobre o fim do Classe A já correm nos bastidores há alguns anos, mas essa é a primeira vez que a marca fala oficialmente sobre o assunto.
Lançado em 1997, o Classe A era um supermini, como chamam os europeus, e tinha uma carroceria mais próxima de uma minivan compacta. A segunda geração veio em 2004 e manteve o mesmo estilo. Foi só em 2012 com a chegada da terceira geração que ele assumiu a carroceria hatchback.
Atualmente, o Classe A está em sua quarta geração, que foi introduzida em 2018. Antes de confirmar seu fim, a Mercedes já havia dito, no ano passado, que a geração atual permaneceria em produção até 2026. Ou seja, ao que tudo indica, estamos caminhando para os seus últimos anos de produção.
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E o motivo para a despedida é o baixo interesse por esse tipo de carro nos principais mercados mundiais — com exceção da Europa, que ainda valoriza os hatches.
“Precisamos de modelos que funcionem em todo o mundo, incluindo China e EUA. Eu sei que o hatchback é o estilo de carroceria favorito na Europa, mas não fazia parte dos planos, e tivemos que fazer escolhas”, disse Schafer. “Reduzir a complexidade é uma tarefa fundamental para nós. Por esse motivo, foi necessário trazer a família compacta de sete para quatro modelos neste segmento.”
Pela fala, deu pra perceber que o Classe A hatch não é o único compacto que está se despedindo. Sua versão sedã também está tomando o mesmo caminho, junto com a minivan Classe B. Espera-se também que os elétricos SUVs EQA e EQB sejam incorporados aos novos GLA e GLB, perdendo assim o “EQ” e adotando a mesma identidade visual dos modelos a combustão.
Desse modo, a linha de compactos da Mercedes passaria ser composto pelo novo CLA, a dupla GLA e GLB e um Classe G compacto que ainda será lançado.
Segundo a marca, o “baby G”, como está sendo chamado, usará uma plataforma totalmente nova ao invés da MMA utilizado pelos GLA e GLB. “O “baby G” não nascerá no MMA, porque se tivéssemos usado a nova plataforma, não teríamos sido capazes de lhe garantir as capacidades off-road que um Classe G deve ter”, explicou Schafer, em entrevista à revista italiana Quattroruote.
O executivo disse ainda que a MMA não permitiria que as rodas tivessem o diâmetro necessário para o carro, nem que ele tivesse a altura em relação ao solo ideal. No mais, a única outra informação que temos sobre o “baby G” é que ele adotará um “g” minúsculo em sua nomenclatura e que seu design será quadrado e robusto, assim como os irmãos maiores.