São Paulo — O ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu nesta quinta-feira (13/3), a criação do “Instituto de Regulação da Educação Superior do Brasil” para, entre outros, evitar cobranças abusivas nas mensalidades de faculdades de Medicina.
“Vamos lembrar que mais de 80% do ensino superior brasileiro é privado. Então, nós precisamos ter uma boa estrutura para regular isso, para monitorar, para acompanhar a qualidade disso. Inclusive para saber por que determinadas faculdades de medicina cobram R$ 15 mil, outras cobram R$ 8 mil, outras cobram R$ 10 mil. Precisamos ter algumas regras mais claras em relação a isso”, afirmou Camilo, em entrevista a jornalistas durante evento promovido em São Paulo pela entidade Todos Pela Educação.
Questionado sobre como seria essa regulamentação exatamente, o ministro disse que é preciso “dar uma regulada nessa questão das cobranças que ocorrem para que não sejam abusivas”.
Segundo o ministro, mesmo que o MEC atue por meio do FIES para facilitar o acesso de estudantes às faculdades de Medicina, as universidades aumentam os valores das mensalidades quando há aumento no financiamento.
“Cada vez que o Ministério aumenta o teto [do Fies] da Medicina, as faculdades também aumentam [a mensalidade], porque sabem que já tem um financiamento garantido. Então, é uma preocupação”.
O ministro participou nesta quinta-feira do painel de abertura do evento Educação Já, promovido pelo Todos Pela Educação, no Parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. Durante a fala no evento, Camilo destacou os investimentos do governo Lula (PT) na área e endossou as parcerias feitas com estados, em programas como o Criança Alfabetizada.
“Nesses 2 anos, o mais importante é que a educação esteve a cima de qualquer questão político-partidária desse país”, afirmou.
Também estão entre os convidados do evento a ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, governadores como Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, e Helder Barbalho (MDB), do Pará.