Durante a audiência pública que debateu, nesta quinta-feira (29/5), a regulamentação do mototáxi em São Paulo, motociclistas negaram terem sido pagos para comparecerem à Câmara Municipal.
Em meio a falas de parlamentares no plenário, motoboys se manifestaram na plateia e gritaram: “Eu vim de graça”. O objetivo foi indicarem que não receberam nada das empresas de aplicativo, já que a 99 ofereceu uma “ajuda de custo” de R$ 250.
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Câmara Municipal discute regulamentação do mototáxi
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Em mensagens enviadas pelo aplicativo aos colaboradores, a 99 prometeu o pagamento de um voucher, além de almoço e estacionamento para até 60 motoboys que comparecessem à audiência pública.
Além disso, os mototaxistas carregaram faixas com dizeres como “queremos o nosso direito de trabalhar” e “Ricardo Nunes, não use a morte de uma pessoa para se beneficiar”, em referência à morte de Larissa Barros, de 22 anos, em um acidente com mototáxi no dia 24, na região central da cidade.
Liberação do mototáxi em SP
- Os embates em torno da liberação ou não do mototáxi, na Câmara Municipal, envolvem embate entre a base aliada do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que defende que o serviço siga proibido em razão dos altos índices de mortes no trânsito na cidade, e vereadores da oposição e movimentos autônomos de motoboys, que pedem que o modelo seja regulamentado e liberado.
- As bancadas do PT e do PSol na Câmara Municipal apresentaram um projeto de lei para a regulamentação do motoapp, com algumas exigências às empresas, como pagamento de seguro para gastos médicos, e à prefeitura, como a definição dos perímetros onde o serviço pode operar.
- Além desse texto, há outros dois projetos em tramitação na Casa. Um deles é de Marcelo Messias, líder do MDB, e prevê que o serviço de moto por aplicativo só seja permitido após a redução dos índices de mortes no trânsito na cidade.
- O outro é de Lucas Pavanato (PL), que determina a liberação e regulamentação do serviço mesmo com as atuais taxas de mortalidade.
- As empresas Uber e 99 estão com os serviços de corridas por moto suspensos em São Paulo após decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), na segunda (26/5), sob pena de multa diária de R$ 30 mil em caso de desobediência.
- Desde o início do ano, a gestão Ricardo Nunes (MDB) tem travado uma batalha judicial com as empresas pela proibição do serviço, com um vai e vem de decisões.
As empresas Uber e 99 estão com os serviços de corridas por moto suspensos em São Paulo após decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), na segunda (26/5), sob pena de multa diária de R$ 30 mil em caso de desobediência.
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Desde o início do ano, a gestão Ricardo Nunes tem travado uma batalha judicial com as empresas pela proibição do serviço, com um vai e vem de decisões.
Agressão
Durante a audiência pública que debate a regulamentação do mototáxi em São Paulo, realizada na Câmara Municipal, o presidente do Sindicato dos Motoboys (SindimotoSP), conhecido como Gil, agrediu o vereador Lucas Pavanato (PL).
Devido à confusão, haverá uma nova audiência pública, em 5 de junho. Segundo o presidente da Casa, Ricardo Teixeira (União), Pavanato ficou com escoriações. Veja a confusão:
Início da confusão
Enquanto falava no plenário, o presidente do sindicato foi vaiado por mototaxistas que estavam no local e são a favor da liberação do serviço em São Paulo. Os motoboys presentes chegaram a ficar de costas como forma de protesto.
Além disso, eles carregam faixas com dizeres como “queremos o nosso direito de trabalhar” e “Ricardo Nunes, não use a morte de uma pessoa para se beneficiar”, em referência à morte de Larissa Barros, de 22 anos, em um acidente com mototáxi no dia 24, na região central da cidade.
Gil defende que o serviço permaneça proibido enquanto não for devidamente regulamentado. “A 99 e a Uber chegaram aqui em 2015 e desregularam tudo”, reclamou. “Quem deveria estar sendo vaiado são as empresas de aplicativo, que estão escravizando, explorando, precarizando e colocando a categoria para brigar entre si.”
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Confusão entre presidente de sindicato dos motoboys e vereador bolsonarista durante audiência pública na Câmara Municipal de SP 1
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Motoboys ficam de costas em protesto contra presidente do sindicato da categoria em sessão no plenário da Câmara dos Vereadores de SP
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Motoboys acompanham confusão no plenário da Câmara de SP entre sindicalista e vereador bolsonarista Lucas Pavanato (PL)
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Em seguida, Pavanato, que é autor de um projeto de lei que determina liberação do serviço de mototáxi, ironizou: “Queria parabenizar o prefeito, que teve a capacidade de escolher o sindicalista mais pelego, mais rejeitado pela categoria que diz representar”.
Incomodado, Gil foi até o púlpito e o agrediu com um enforcamento. Outros parlamentares e assessores tiveram que separá-los.
Depois da confusão, em entrevista, Lucas Pavanato disse que vai registrar boletim de ocorrência em delegacia. Ele ficou com a camiseta rasgada. Segundo o sindicato de motoboys, Gil também vai prestar queixa por também ter sido agredido por seguranças.