São Paulo – A deputada Carla Zambelli (PL) disse, nesta quinta-feira (15/5), que não iria sobreviver à pena estipulada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu, por unanimidade, nessa quarta-feira (14/5), pela condenação a 10 anos em regime fechado para a parlamentar pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Os ministros consideraram que a deputada teve participação no ataque cibernético operado pelo hacker Walter Delgatti, também condenado a 10 anos e 20 dias de regime. A parlamentar disse que Delgatti mentiu nos depoimentos que a incriminam e que ele é um “mitômano”.
Zambelli disse sofrer com uma série de problemas de saúde, incluindo uma síndrome rara, chamada Ehlers Danlos, que faz com que as partes do corpo saiam do lugar com facilidade, além de problemas cardíacos e depressão.
“Esse problema de saúde meu também tem sido prejudicado por conta de todo esse estresse”, disse a deputada. “Eu estou pegando vários relatórios dos meus médicos e eles são unânimes em dizer que eu não sobreviveria à cadeia. A gente vai apresentar isso num momento oportuno”, acrescentou.
Leia também
-
Brasil
STF tem unanimidade para condenar Carla Zambelli a 10 anos de prisão
-
Brasil
Fux, a esperança de Zambelli no julgamento sobre invasão hacker ao CNJ
-
Brasil
Moraes nega suspender ação contra Zambelli no caso CNJ: “Inaplicável”
-
Brasil
Efeito Ramagem: defesa de Zambelli pede para suspender julgamento
Zambelli pode recorrer
Há ainda uma série de instrumentos jurídicos que podem ser apresentados pela defesa. Apenas após os recursos serem julgados, Zambelli poderá ir para o regime fechado.
Em março, os ministros do STF já haviam formado maioria para condenar Zambelli por 5 anos e 3 meses de prisão, em regime semiaberto, por porte ilegal de arma, porque apontou uma arma e perseguiu um homem pelas ruas de São Paulo, na véspera das eleições de 2022.
A deputada ainda foi condenada, em janeiro, à cassação em uma ação do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). A ação foi movida pelo Psol pela deputada ter participado do contexto de desinformação eleitoral.