Missão: Impossível – O Acerto Final marca, até o momento, a última aventura de Tom Cruise como Ethan Hunt. Isso porque o próprio ator já confirmou que o nome da produção não é à toa e que este é o ato “final” do protagonista. Apesar da ação intensa e das cenas de tirar o fôlego, a obra cinematográfica, nos primeiros atos, preocupa-se mais em se explicar do que em olhar para o futuro.
Neste filme, o protagonista recebe uma mensagem da presidente dos Estados Unidos para salvar, mais uma vez, o país e, consequentemente, o mundo. Ele e sua equipe, formada por Luther, Benji, Grace, Paris e Degas, precisam correr contra o tempo para salvar o mundo da Entidade, uma inteligência artificial que deseja controlar o mundo e definir o que é verdade e o que é mentira.






Missão: Impossível – Acerto Final estreia nesta quinta-feira (22/5)
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O filme será o último da saga protagonizada por Tom Cruise
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A sequência conta com cenas épicas, uma em um submarino
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E outra em aviões monomotor
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O final faz jus ao que foi contruído ao longo dos anos
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Mas peca ao se explicar demais
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Seja com ações ou diálogos
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Mesmo assim, as cenas de ação são épicas
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E fazem vale a lentidão do início da produção
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Pôster do filme Missão: Impossível – Acerto Final, protagonizado por Tom Cruise
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Como não poderia deixar de ser, o filme realmente atua como uma finalização de Missão Impossível e, por isso, o diretor Christopher McQuarrie bebe na fonte da saga e faz muitas referências a produções anteriores da saga. Normalmente, esses pontos ficam por conta dos flashbacks e até por alguns personagens.
O encerramento da saga é digno e faz jus a tudo o que foi construído ao longo dos anos, mas isso não significa que o filme contenha falhas. Uma estratégia utilizada por McQuarrie é explicar diversas coisas que aconteceram ou ainda vão acontecer no filme, seja com ações ou diálogos.
Essa estratégia, faz com que o espectador que não tenha assistido ao filme anterior, lançado em 2023, entenda tudo o que se passa na tela. Essa prática, muito focada na utilização de flashbacks e flashforwards, faz com que o filme se torne extremamente arrastado e com uma narrativa bastante lenta. Por conta disso, a produção tenta trazer outros elementos para se manter interessante para o público.
Quando a ação começa, não para mais. Como sempre, Tom Cruise tenta salvar o mundo com manobras perigosas e de tirar o fôlego. Você se empolgar com a cena do submarino, em que o protagonista vai às profundezas de um mar congelado, ou na luta aérea em um monomotor.
Tom Cruise consegue entreter bastante no papel de Hunt, como já fez em todos os outros filmes da saga, e faz jus a um dos personagens mais marcantes de sua longa carreira nos cinemas. Sólido, plástico, com um tom de drama e até humor, ele entrega tudo o que se espera do protagonista.
Há ainda as interessantes, e muito importantes, participações de Hayley Atwell, como Grace, Pom Klementieff, como Paris, Esai Morales, como Gabriel, Ving Rhames, como Luther, entre outros personagens, que deixam a experiência em frente às telonas ainda mais prazerosa.
O filme, claro, traz uma crítica muito clara a respeito das inteligências artificiais e como essa ferramenta está nos moldando e dominando a nossa realidade. Assim como na produção, hoje é possível criar inúmeras situações que nos deixam em dúvida sobre o que é real e que é fake.
As duas cenas de maior impacto, a do submarino e a do avião representam bem a essência de Missão Impossível e são o puro suco de Ethan Hunt e Tom Cruise. O cuidado na hora de gravar, a ambientação, fotografia e atuações são acima da média e faz com que tudo seja plasticamente agradável de se assistir.
Se você é um fã da saga, não perca o filme e saiba que as cenas de ação compensam a narrativa mais arrastada da primeira parte da obra.