A onça-pintada capturada em abril, após matar o caseiro Jorge Avalo, não poderá voltar à natureza. Batizada de Irapuã, ela viverá em um mantenedor de fauna em Amparo, no interior de São Paulo, sem possibilidade de visitação.
Agora, o animal está em uma propriedade do Instituto Ampara Animal, onde será mantido em um espaço adaptado às necessidades. Segundo a organização, a proposta é promover a recuperação física e comportamental, com foco no bem-estar do bicho.
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O destino do felino foi definido pelo governo de Mato Grosso do Sul, em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
“A decisão de transferir a onça foi tomada por órgãos ambientais, que avaliaram que o retorno à natureza não seria seguro nem viável. A expectativa é que o animal, agora sob cuidados permanentes, contribua para ações de conservação da espécie”, explicou, em nota. “Sabemos que o cativeiro nunca é o fim ideal para nenhum animal silvestre, mas, diante desse contexto específico, essa é a melhor alternativa”, completou.
Anteriormente, a onça passou por exames no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. No local, chegou a ganhar 13 kg e apresentou melhora no estado de saúde.
Durante a transferência para São Paulo, o animal se manteve estável. “Chegou bem e já está recebendo todos os cuidados necessários para este momento delicado de adaptação”, informou o médico veterinário Jorge Salomão, responsável técnico pelo mantenedor de fauna.