O Tribunal do Júri do Paranoá condenou a 30 anos de reclusão em regime inicialmente fechado o homem acusado de matar o filho de 2 anos. Wagner Pereira da Silva foi considerado culpado por agredir até a morte o bebê.
Os jurados acataram todas as qualificadoras apresentadas pela 1ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri do Paranoá. Para eles, o crime foi cometido por motivo torpe — já que Wagner não aceitava que a mãe do menino o defendesse de agressões —, com emprego de meio cruel, com recurso que dificultou a defesa da vítima e contra menor de 14 anos.
Segundo o processo, as agressões brutais e repetidas de Wagner causaram “intenso sofrimento e múltiplas lesões, levando à morte por choque hipovolêmico e ruptura do pâncreas” do menino.
O crime aconteceu na manhã de 17 de outubro de 2023, no Paranoá. Wagner estava sozinho em casa com o menino quando começou a agredi-lo violentamente.
Na época, os bombeiros foram acionados mas, ao chegarem, constataram a morte da criança devido às múltiplas lesões. A Polícia Militar (PMDF) foi chamada e prendeu Wagner em flagrante.
Relembre o caso
No dia do crime, a mãe da criança relatou aos policiais que havia saído de casa às 6h para estudar na biblioteca da Universidade de Brasília (UnB). Segundo ela, quando saiu, deixou o garoto bem, mas, por volta das 7h30, recebeu uma mensagem de texto enviada pelo companheiro informando que o filho não estava bem. O homem acionou o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), porém, o bebê foi encontrado já sem vida na residência.
Wagner Pereira foi preso em flagrante suspeito de ter causado a morte do menino. A mãe da vítima já havia registrado boletim de ocorrência contra Wagner por violência doméstica. Segundo ela, o homem a agredia com frequência. Porém, poucos meses depois, ela retirou a queixa na Polícia Civil e a medida protetiva expedida pela Justiça foi arquivada.