São Paulo — Em um vídeo que circula nas redes sociais, passageiros da Linha 5-Lilás, da ViaMobilidade, relatam que uma mulher com um bebê no colo ficou presa nas portas de um trem na manhã desta quinta-feira (8/5), na estação Borga Gato, zona sul de São Paulo. Segundo testemunhas, por volta das 8h47, a mulher ficou presa entre as portas e alguns passageiros acionaram a emergência e ajudaram a desprender e puxar a mãe.
Imagens gravadas por um passageiro mostram o momento em que uma funcionária da ViaMobilidade aparece para desligar o botão de emergência para o coletivo seguir viagem. Na gravação, é possível ouvir populares conversando sobre o ocorrido. “Que nem aconteceu da outra vez. A mulher ficou presa entre as portas”, declarou uma passageira. “Já estava fechando”, completou outro usuário.
Veja o vídeo:
Procurada pelo Metrópoles, a ViaMobilidade não se pronunciou sobre o assunto até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
Mesma linha, novo acidente
A linha do trem é a mesma em que um homem de 35 anos morreu nessa terça-feira (6/5) prensado entre as portas do trem e da plataforma na estação Campo Limpo da Linha 5-Lilás, na zona sul de São Paulo. Na ocasião, o estudante de educação física Lourivaldo Ferreira se prendeu no pequeno espaço entre as portas da estação e morreu após o trem seguir viagem.
Questionada sobre o acidente, a ViaMobilidade lamentou o ocorrido e disse que não há um sensor para detectar a presença de passageiros entre o trem e a plataforma. “Neste momento, todos os esforços da concessionária estão concentrados na identificação da vítima, que não portava documentos, e de seus familiares para prestar o suporte necessário”, anunciou a concessionária.
Ao Metrópoles, em nota, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) lamentou o ocorrido e informou que acompanha as ações da companhia responsável. “A Artesp lamenta o falecimento do passageiro na Estação Campo Limpo, da Linha 5-Lilás, ocorrido na manhã destsa terça-feira (6), e informa que acompanha as ações e providências adotadas pela concessionária responsável e, conforme previsto em contrato, haverá a instauração de um processo sancionatório para apurar as circunstâncias do caso”, declarou a agência.
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) também abriu investigação para verificar a segurança da Linha 5-Lilás do metrô após o episódio. O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) já havia notificado a concessionária e deu cinco dias para esclarecimentos.