Células do Primeiro Comando da Capital (PCC) enraizadas no Distrito Federal são alvo de operação conjunta, deflagrada nas primeiras horas desta quarta-feira (30/4), pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) e Polícia Civil de Goiás.
A ação tem como objetivo impedir a reestruturação da célula brasiliense da facção criminosa paulista e a atuação de seus integrantes envolvidos com crimes de homicídios, extorsões, roubos, tráfico de drogas e de armas praticados em diversas regiões administrativas.
Ao todo, 75 policiais cumprem 14 mandados de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão nas cidades de Samambaia, Areal, Sol Nascente, Itapoã, Ceilândia, além de Planaltina de Goiás e Jardim ABC (GO).
A ação também conta com o apoio da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia). A operação foi baseada na análise de provas apreendidas em poder de membros do PCC presos em outra operação policial que investigava o envolvimento de faccionados em crimes de extorsão e de tráfico de drogas em Brazlândia.
De acordo com as apurações da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (Draco/Decor), os dados extraídos dos aparelhos celulares revelaram que os investigados promoveram, financiaram e integraram uma organização criminosa estruturada e dividida em tarefas, com o objetivo de obter vantagens econômicas e materiais por meio do tráfico de drogas e extorsões.
Controle da massa
Os relatórios da investigação apontam que a organização criminosa, apesar de ser única, se divide em várias “células”, cada uma com autonomia e estrutura própria, com a finalidade de impulsionar controle sobre a massa carcerária, monopólio da violência nas prisões, e expansão de atividades criminosas dentro e fora das prisões.
De acordo com a PCDF, as medidas adotadas refletem o compromisso constante com a investigação e o combate a facções criminosas que buscam se estabelecer no Distrito Federal, sem sucesso.
“Essa atuação policial é mais um passo significativo na manutenção da segurança e ordem pública na capital, demonstrando o comprometimento das autoridades em enfrentar e neutralizar ameaças criminosas que afetam a sociedade brasiliense”, ressaltou a corporação.
A deflagração das ações da Polícia Civil também ocorre no contexto da 2ª Edição da Operação Renorcrim, uma iniciativa da Rede Nacional de Unidades Especializadas de enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), por meio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi).