São Paulo – O auxiliar de serviços gerais Gabriel Pinho Morais, de 21 anos, afirmou à polícia (assista abaixo) que enviava para crianças, em conversar na internet, orientações de como elas deveriam se masturbar.
Um dos ambientes nos quais o pedófilo aliciava as vítimas, todas do sexo masculino, é o Free Fire, jogo de tiro e sobrevivência mundialmente famoso. Após ganhar a confiança das vítimas, ele também pedia e enviava fotos de cunho sexual.
“Eu tinha um texto com orientações que eu mandava [sobre masturbação]. No começo a intenção não era essa [pedir fotos] era só compartilhar o conhecimento”, afirmou após ser preso.



Auxiliar foi preso em casa
Divulgação/Polícia Civil
Preso aliciava vítima no Free Fire
Divulgação/Polícia Civil
Criminoso admitiu e explicou como agia
Divulgação/Polícia Civil
A primeira intenção do criminoso, quando começou a agir há cerca de quatro anos, segundo ele, era “ensinar como se faz” às crianças. Ele admitiu ainda ter abordado “bastante” criança e que tinha ciência sobre a idade dos meninos com os quais conversava.
Gabriel foi preso na última segunda-feira (19/5) no sítio onde mora com a mãe, na cidade de Holambra, no interior paulista, após ser alvo de uma investigação da Polícia Federal do Paraná, e da Polícia Civil de São Paulo, por aliciar sexualmente crianças pela internet.
Antes de pedir e enviar fotos às vítimas, o pedófilo explicou que avaliada se as crianças eram “pessoas interessantes”. “Eu converso, vejo se é uma pessoa interessante […], se for peço foto do corpo [mesmo sendo criança] do pinto, da bunda”.
Ao determinar a prisão do auxiliar, em mandado de prisão expedido no último dia 15, o juiz Felipe Augusto Martins, de Santos, afirmou que há elementos indicando a conduta criminosa de Gabriel Pinho Morais como “verdadeira forma de vida”.
Assista o vídeo
Chegando ao pedófilo
O criminoso foi preso em Holambra, em uma área rural, após a avó de um menino de 11 anos encontrar conteúdo sexual no celular do neto. Ambos residem em Santos. Com as provas em mãos, ela procurou a Polícia Civil, que iniciou uma investigação no litoral, em abril.
A partir das conversas e números usados pelo pedófilo, que trocava de chips para dificultar sua identificação, investigadores conseguirem localizá-lo no sítio onde mora com a mãe — uma trabalhadora rural que desconhecia as atividades criminosas do filho nas redes.
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Como agia o pedófilo preso
- Gabriel abordava os meninos no ambiente virtual
- Em troca de vantagens no jogo de tiros, pedia as fotos dos garotos.
- O pedófilo também pedia vídeos das crianças manuseando as partes íntimas.
- O conteúdo era então arquivado e distribuído entre pedófilos.
O auxiliar foi encaminhado ao litoral paulista, onde sua prisão foi mantida, após audiência de custódia. A Defensoria Pública assumiu o caso e, até a publicação desta reportagem, não havia sido localizada. O espaço segue aberto.
O auxiliar já havia sido alvo de outro mandado, de busca e apreensão, expedido pela Justiça paulista, em outubro do ano passado, a partir de um processo que tramita no Paraná, também envolvendo aliciamento de menores na internet.