O lançamento da GWM Poer no Brasil está marcado para o inicio do segundo semestre e tem uma novidade: além da motorização híbrida plug-in, já prevista anteriormente, também terá versões com motor turbodiesel. Isto, porém, não significa que sua estreia será como carro nacional.
O planejamento original da GWM era ter a picape Poer (lê-se ‘póuer”) como seu primeiro carro nacional, mas tudo mudou. A produção em pré-série na fábrica de Iracemápolis (SP) pode começar ainda em maio mas com a montagem das quatro versões GWM Haval H6, ainda com quase toxas as peças importadas. O sucesso do SUV híbrido lhe garantiu a prioridade na produção nacional.
O início da produção nacional da GWM Poer é apenas uma questão de tempo, porque a fábrica está pronta para isso. Mas o lançamento será com unidades importadas. A empresa apenas não decidiu se o início das vendas da picape média no Brasil será com as versões híbridas plug-in ou turbodiesel. Mas a gama de versões será completada em poucos meses.
Demanda brasileira
Cada motorização da Poer terá seu público bem definido, além de visual exclusivo. Versões híbridas plug-in são mais adequadas ao uso urbano e de lazer, enquanto as versões a diesel cumprem com as demandas do consumidor tradicional de picapes, que faz longas viagens, transporta carga e depende da tração 4×4 por longos períodos. Por isso as híbridas terão visual e acabamento mais sofisticado.

A GWM diz que as Poer a diesel sempre foram consideradas para o mercado brasileiro, mas alguns fatores motivaram a empresa a não apostar apenas na motorização híbrida plug-in. Um deles é que as vendas da Ford Maverick Hybrid e da BYD Shark no Brasil não são expressivas.
Outro é que as concessionárias GWM do nordeste e do centro-oeste pediram a picape a diesel e essa demanda também foi percebida em pesquisas. “A oferta da picape a diesel também ajuda a interiorizar a marca”, defendeu o Diretor de Assuntos Instrucionais da GWM, Ricardo Bastos.
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O atraso no lançamento frente ao planejamento original ao menos garantirá um motor mais moderno. As GWM Poer a diesel serão equipadas com o motor GW4D24, um 2.4 turbodiesel lançado há menos de um ano e que no mercado global gera 184 cv e 48,9 kgfm entre 1.500 e 2.500 rpm. Como o Brasil tem legislação de emissões diferentes, esses números ainda mudarão (podendo melhorar, inclusive), mas o câmbio automático de nove marchas e a tração 4×4 estão garantidos para a picape.
Motorização híbrida

Quanto às versões híbridas, a GWM definiu as a motorização híbrida plug-in (PHEV) com o motor 2.0 turbo a gasolina, o mesmo que equipa o GWM Tank 300 recém-lançado no Brasil e que estará no Wei 07, que será lançado em agosto.


A Poer PHEV tem 408 cv e 77,9 kgfm, números muito próximos do conjunto que já está homologado para o Tank 300 no Brasil com 394 cv. A bateria de 37,1 kWh permite uma autonomia elétrica de 110 km e pode ser recarregada a até 50 kW (DC). Seu câmbio ainda é o automático de nove marchas.

A GWM Poer é bem grande. São 5,40 m de comprimento e 1,88 m de largura, 1,93 m de largura e 3,23 m de entre-eixos, com versões a diesel levando mais de 1.000 kg de carga quando com motor a diesel. Mas as medidas poderão ter pequenas alterações em virtude do design escolhido para cada configuração mecânica.
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Na China, as versões híbridas têm interior mais sofisticado, com acabamento macio em mais partes da cabine, faixa que imita madeira no painel e até mesmo ajuste elétrico no banco traseiro que permite que o encosto recline mais para o conforto dos passageiros. As versões a diesel têm até central multimídia menor nas unidades vendidas na China.

Também há características distintas, como a possibilidade de abertura da tampa da caçamba para a lateral em duas partes, como na Fiat Toro. Além disso, há um compartimento secreto para ferramentas na coluna C, por trás da moldura das portas.
Na fase atual, a fabricante está fazendo os últimos ajustes no carro e no acerto da suspensão. A última alteração foi para eliminar um comportamento saltitante na suspensão traseira quando sem passageiros no banco traseiro.