Quando o assunto é alimentação saudável, a pipoca costuma surgir como uma opção popular e aparentemente inofensiva. Rica em fibras, prática e crocante, ela até ganhou espaço em algumas dietas com apelo low carb. Mas será que pipoca é pobre em carboidratos?
A resposta curta: não, essencialmente não é. A pipoca vem do milho, um grão rico em amido, ou seja, uma fonte significativa de carboidratos. Em uma porção controlada — algo entre uma ou duas xícaras (sem manteiga, óleo ou açúcar) — até pode caber em dietas de baixo carboidrato, especialmente se comparada a outros petiscos ultraprocessados. Porém, a pergunta real é: quem come só isso?
Pipoca costuma ser consumida em grandes quantidades, especialmente em frente à TV ou no cinema, o que pode elevar drasticamente a carga de carboidratos — e rapidamente colocar por terra qualquer estratégia de alimentação low carb. Para quem está em dietas mais restritivas, como a cetogênica, por exemplo, até uma porção pequena já compromete o limite diário de carboidratos.
Ou seja, a pipoca pode até ser menos “vilã” que muitos lanches industrializados – a depender da forma como você a prepara, ou da boa escolha de pipocas prontas no mercado. No entanto, colocá-la no grupo dos alimentos low carb é, no mínimo, otimista. Tudo vai depender da quantidade consumida — e da capacidade de parar no meio do balde.
(*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida