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PM acusado de espancar mulher já foi condenado após agredir policial

O capitão da Polícia Militar de São Paulo Mario Celio Cristiano Gomes Junior, acusado de espancar a então namorada, na semana passada, já foi condenado, em 2016, por agredir verbalmente outra mulher. Assim como na acusação mais recente, a vítima foi uma soldado da PM.

O episódio que levou à condenação ocorreu em 10 de outubro de 2015, em uma base da PM no Jardim Corumbé, zona norte da capital, na época em que Mario Celio era 1º tenente e tinha 38 anos. Na presença de outros quatro policiais, o oficial proferiu uma série de xingamentos e ameaçou a subordinada de morte: “Entra no prumo ou você vai morrer”.

A vítima ainda acusava o oficial de ter desferido três tapas em seu rosto. A agressão física foi confirmada por um dos PMs que testemunhou a discussão.

As agressões verbais e a ameaça foram registradas em áudio, obtido pelo Metrópoles. Na gravação, é possível ouvir o PM chamando Sandra de “filha da puta”.

“Escuta o que eu tô falando caralho, tô falando com você, a merda que você fez, escuta que eu tô falando, cala a boca é ordem, é ordem certo, a merda que você fez, você acaba com a sua vida aqui na polícia tá bom, e cala a boca, Sandra, você cala a sua boca, eu não sou o Batata, certo, você cala a sua boca e engole a língua”, afirma o então tenente, gritando.

“Sim, senhor”, responde a vítima.

Ouça:

Em depoimento, Mario Celio admitiu que puxou a vítima pelo braço, mas disse que “estava brincando” e que fala muito palavrão. Ele foi absolvido da acusação de ameaça, mas condenado por injúria real, com uma sentença de nove meses e 20 dias de detenção, em regime aberto.

Agressão contra companheira

Na semana passada, a então companheira de Mario Celio, Thaynara Júnia, que é soldado da PM, denunciou o capitão por uma agressão que teria ocorrido no dia 28 de maio. Ele teria arrombado a porta da casa da mulher e desferido uma série de socos e empurrões nela. Tudo isso na frente da filha da vítima, de 8 anos.

O policial teria proferido uma série de xingamentos contra a vítima, a quem acusava de traição. Ele queria, segundo o relato, ter acesso às conversas no aparelho celular da mulher.

Mario Celio teria, então, arrastado a mulher pelo cabelo e desferido uma sequência de socos e empurrões. Em seguida, o PM levou a companheira até o Pronto Socorro Cruz Azul, onde ela recebeu atendimento médico. Na unidade médica, a soldado teria falado sobre as agressões com a enfermeira, que avisou a polícia.

“Foi Deus que me salvou aquele dia. Pensei que fosse morrer dentro da minha própria casa, ao lado da minha filha”, afirmou Thaynara ao Metrópoles.

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Suposta vítima de capitão da PM

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