São Paulo — Uma central de golpes por telefone foi descoberta pela Polícia Civil nessa segunda-feira (28/4), em um conjunto comercial na Avenida Voluntários da Pátria, em Santana, zona norte de São Paulo. Na operação, policiais prenderam 13 envolvidos acusados de associação criminosa, furto qualificado, lavagem de dinheiro e resistência.
Os detidos faziam parte de uma equipe especializada em aplicar golpes por telefone, organizada em uma estrutura empresarial. A descoberta foi feita por policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, que iniciaram apuração após um furto mediante fraude de um celular.




A polícia apreendeu diversos notebooks com informações da quadrilha
Reprodução/Polícia Civil
Trezes envolvidos foram presos pela polícia
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Além dos notebooks, a polícia apreendeu notas de dinheiro
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Os líderes da quadrilha eram responsáveis pela seleção de membros para a aplicação de golpes e outras funções
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Na ocasião, a vítima foi induzida a entregar o aparelho acreditando receber orientações de um banco para instalação de uma atualização do aplicativo da instituição financeira. O golpe provocou um prejuízo de pouco mais de R$ 744 mil.
Investigação progride
Investigações da polícia indicaram um possível esquema de golpe utilizando uma estrutura de telemarketing. As informações arrecadadas permitiram a obtenção de mandados de busca e apreensão em três endereços de envolvidos.
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As ações aconteceram no bairro Picanço, em Guarulhos, na grande São Paulo, e Vila Dom Pedro II, na zona sul. No segundo local, uma mulher responsável pela administração do esquema foi detida. A equipe também apreendeu mais de R$ 59 mil e uma coleção de bolsas e sapatos de grifes internacionais.
Estrutura empresarial
Na sequência, a operação conseguiu localizar a central de telemarketing — base operacional dos criminosos —, que funcionava em um conjunto comercial em Santana, na zona norte. Os envolvidos perceberem a ação policial e destruíram parte dos materiais usados nos crimes, incluindo notebooks de última geração.
Alguns integrantes da quadrilha ainda reagiram à prisão e outros tentaram usar uma rota de fuga do local, mas todos foram detidos.
De acordo com a polícia, o grupo se dividia em diferentes núcleos de organização e coordenação. Os líderes da quadrilha eram responsáveis pela seleção de membros para a aplicação de golpes, montagem da estrutura do “escritório”, coleta de celulares, computadores e instrumentos necessários para a execução do golpe.
Outros criminosos também eram responsáveis por manipular listas com dados completos de cidadãos comuns — fundamentais para a execução do crime. Além deles, pessoas eram designadas para o contato com as vítimas, realizar a “programação” e manutenção dos equipamentos e “softwares” utilizados na central e disfarçar a origem ilícita dos recursos financeiros.