A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informou, nesta quarta-feira (30/4), que os preços da carne bovina encerraram o primeiro trimestre em queda. Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, o recuo “já era esperado” devido ao período.
Os preços do corte traseiro acumulam queda de 1,86% no trimestre, com retração mais expressiva observada em março (-3,4%). O valor do corte dianteiro teve baixa de 1,28%, com principal recuo em janeiro (-1,45%).
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Essa movimentação ocorre após sequência de altas no último trimestre de 2024, quando os cortes dianteiro e traseiro subiram 25,25% e 20,05%, respectivamente — em razão das queimadas, do aumento das exportações e da maior demanda interna.
Outros alimentos da cesta básica registraram deflação no trimestre. Foram eles:
- óleo de soja (-4,77%); feijão (-3,93%); arroz (-3,91%) e batata (-14,77%).
Mas apresentaram aumentos significativos:
- tomate (52,90%), ovos (31,70%), café torrado e moído (30,04%) e cebola (11,51%).
Consumo nos lares e cesta básica
Segundo a Abras, o consumo nos lares brasileiros cresceu 2,48% no primeiro trimestre. Na passagem de fevereiro para março, o consumo subiu 6,96%. Em relação a março do ano passado, ele aumentou 2,95%.
“O resultado do trimestre é expressivo porque não incorpora o efeito sazonal da Páscoa, celebrado nesse ano em abril. Esse resultado mostra uma retomada do consumo das famílias, sustentada pela continuidade da recuperação do emprego e pela menor pressão sobre os preços da carne bovina e de alguns itens básicos”, disse Millan.
Como resultado das variações registradas, o valor médio da cesta AbrasMercado — composta por 35 produtos de largo consumo — encerrou o primeiro trimestre em R$ 812,54, o que representa uma alta de 2,26%.