São Paulo — O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Ricardo Teixeira (União), protocolou um projeto de resolução que propõe uma espécie de cota para mulheres no comando da Casa. O texto prevê que em ao menos um ano de cada legislatura, que dura quatro anos, a presidência da Câmara seja ocupada por uma vereadora.
“O que eu estou propondo é que pelo menos um ano dos quatro [anos], que seja uma mulher, obrigado por lei desta Casa. Eu tentei fazer acordo para este ano, não conseguimos esse acordo, mas já conseguimos para a próxima legislatura”, afirmou Teixeira, durante entrevista para programa institucional da Câmara.
Em 133 anos de história, o Legislativo paulistano nunca foi comandado de forma permanente por uma mulher.
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“A cota de gênero visa aumentar a participação feminina no Parlamento, proporcionando uma representação mais justa da sociedade, que é composta por mais de 50% de mulheres. Entretanto, mesmo com tais avanços, a presença feminina em posições de liderança ainda é escassa”, diz o texto apresentado por Teixeira.
Na atual legislatura, a Mesa Diretora da Câmara fechou acordo para que toda última sessão plenária da semana seja presidida por uma mulher, de forma rotativa. A ideia é que as 20 vereadoras do atual mandato presidam uma sessão em algum momento do ano.
Nos bastidores, vereadores afirmam que há um acordo entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o União Brasil para que a legenda ocupe a presidência da Câmara até 2028. Um entendimento dentro da bancada do União prevê um rodízio no comando da Casa entre os vereadores do partido.
Além de Ricardo Teixeira, a bancada atual do União Brasil na Câmara Municipal de São Paulo é composta por Silvão Leite, Silvinho Leite, pastora Sandra Alves, Adrilles Jorge, Amanda Vettorazzo e Rubinho Nunes.