O portal Telegraph divulgou, nessa sexta-feira (11/4), declarações exclusivas do príncipe Harry sobre a disputa jurídica em torno da retirada da proteção policial após a renúncia aos deveres reais. Durante a audiência de dois dias do Royal Courts of Justice, que aconteceu terça-feira (8/4) e quarta-feira (9/4), o duque de Sussex quebrou o silêncio e revelou ao portal os bastidores da decisão que, segundo ele, comprometeu não apenas sua segurança, mas também a de sua família.
O pai de Archie, 5 anos, e Lilibet Diana, de 3, desabafou sobre o processo e revelou que informações decisivas foram apresentadas a portas fechadas durante o julgamento. “As pessoas ficariam chocadas com o que está sendo ocultado”, afirmou.
Segundo o veículo de imprensa, Harry acredita que a decisão de retirar sua segurança foi, na verdade, uma manobra para pressioná-lo a retomar seus compromissos como membro ativo da monarquia.
“Estou exausto, sobrecarregado. Mas sigo motivado pela vontade de expor uma injustiça”, anunciou.
Entenda
- Harry perdeu o direito à proteção policial de rotina desde que renunciou aos cargos no alto escalão da monarquia, em março de 2020.
- Os membros ativos da realeza dispõem dessa segurança, custeada pelos contribuintes britânicos.
- Além do príncipe, a esposa dele, Meghan Markle, e os dois filhos, Archie e Lilibet, ficaram sem essa cobertura.
- O caçula do rei Charles III entrou na Justiça contra o Ministério do Interior — instituição responsável por retirar a segurança de Harry enquanto ele estiver em solo britânico.
- Após a audiência de exposição dos fatos, o Tribunal de Apelação de Londres deverá emitir uma decisão por escrito, ainda sem data definida.
Advogados de Harry entende que o processo da retirada de segurança foi tendencioso
Segundo o site People, a equipe jurídica de Harry teria acusado o comitê responsável pela segurança de VIPs (o RAVEC) de ter desrespeitado protocolos e tratado o duque de maneira desigual em comparação a outras figuras públicas — incluindo celebridades e ex-chefes de governo. Para os advogados, a forma como o processo foi conduzido pode ser considerada uma evidência sobre um direcionamento tendencioso contra o marido de Meghan Markle.
O desconforto também envolve a composição do próprio comitê. Parte dos membros do RAVEC é composta por assessores próximos ao rei Charles III. Para Harry, essa configuração, por si só, levanta dúvidas sobre a neutralidade da decisão.
O Palácio de Buckingham não comentou sobre o caso, mas fontes palacianas já haviam dito à People que a sugestão de que a segurança de Harry esteja sob o controle de Charles é “totalmente incorreta”.
Mesmo com a constante tensão no relacionamento do príncipe Harry e a família real, o “ruivo” reflete que a intenção era mudar de país com a sua família, mas ainda continuar representando a realeza britânica de longe. “Estávamos tentando criar uma casa feliz”, afirmou à People.
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