O Partido dos Trabalhadores (PT) segue dividido dentro da corrente majoritária da sigla, Construindo Um Novo Brasil (CNB) para as eleições internas da legenda. O prazo para inscrever as chapas termina em 10 dias, em 19 de maio.
Contornar a divisão de parte da CNB que não quer o nome de Edinho Silva (SP) é a principal missão do presidente interino do PT, Humberto Costa (CE).
Ao longo da semana, integrantes da executiva e da CNB se reuniram para discutir os apoios internos da corrente majoritária.
O prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, que a princípio insistiu em manter uma candidatura própria, agora admite apoio a João Paulo Rodrigues, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para a presidência do partido.
Com a movimentação de Quaquá, outros integrantes da legenda começaram a articular para evitar a candidatura de João Paulo. Os dirigentes argumentam que o político não tem chance de vitória, sobretudo por não ter uma relação próxima com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Uma outra avaliação é que, se a CNB chegar com dois candidatos na disputa, será uma sinalização ruim internamente.
Edinho tem a preferência de Lula para as eleições internas. O ex-prefeito de Araraquara também conta com apoio do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e do ex-ministro José Dirceu.
O deputado federal Rui Falcão (SP), o historiador Valter Pomar e o integrante do diretório nacional Romênio Pereira também anunciaram candidatura à liderança do partido.