Quer fazer parceria comigo? Agende uma ligação

Popular Posts

Dream Life in Paris

Questions explained agreeable preferred strangers too him her son. Set put shyness offices his females him distant.

Categories

Edit Template

QG da propina: entenda esquema de extorsão de funkeiros em delegacia

São Paulo — Uma organização criminosa tomou conta de parte do 6º Distrito Policial de Santo André, na região metropolitana de São Paulo. No local, se formou um verdadeiro “QG da propina”, onde policiais civis extorquiam funkeiros e influencers envolvidos com divulgação de jogos de azar nas redes sociais.

Uma investigação do Ministério Público do estado (MPSP), em parceria com a Polícia Federal (PF) e a Corregedoria da Polícia Civil, identificou o modus operandi da quadrilha, liderada por Fábio Marcelo Fava, chefe dos investigadores.

Em denúncia apresentada à Justiça na última sexta-feira (9/5), o MPSP acusa oito pessoas de envolvimento com o esquema – dentre eles, uma advogada e seis policiais civis, sendo um deles Fava. Eles são acusados de crimes como: organização criminosa, corrupção passiva e corrupção ativa.

Quatro agentes foram presos, mas três deles estão novamente em liberdade (veja mais abaixo).


Entenda o esquema

  • Entre 13 de setembro de 2023 e 24 de abril deste ano, os policiais criaram falsas investigações para supostamente apurar a divulgação de jogos de azar, o que é considerado contravenção penal.
  • Os agentes instauravam procedimentos de Verificação de Procedência de Informações (VPI) e abordavam funkeiros e influencers que faziam propagandas desses jogos, acusando-os criminalmente.
  • Para encerrar as falsas investigações, os policiais extorquiam os artistas, exigindo o pagamento de propina.
  • “Em resumo, a possível organização criminosa, formada por policiais civis, teria constituído um verdadeiro ‘centro de arrecadação de propinas’ no 6º Distrito Policial de Santo André/SP”, afirmou o MPSP em representação sobre o caso.

Como funcionava o QG da propina

Segundo as investigações, Fábio liderava o esquema. Era ele quem autorizava a instauração de investigações preliminares e os pedidos de propina. O chefe dos investigadores também garantia a impunidade dos colegas, dando informações falsas aos seus superiores para despistar as ações dos demais integrantes da quadrilha.

Um homem identificado como Eronias Roque Barbosa monitorava as redes sociais para identificar possíveis alvos do grupo. O acusado focava especialmente em artistas da produtora Love Funk.

Eronias enviava as informações a Rodrigo Barros de Camargo, investigador do 6º DP que instaura as investigações preliminares e entrava em contato com os funkeiros e influenciadores.

Além de Rodrigo, outros policiais civis cumpriam as mesmas funções, como Adriano Fernandes Bezerra, Magally Ivone Rodrigues, Múcio de Assis Ladeira e Wilson Roberto Ribeiro.

Rodrigo e Adriano iam juntos recolher as vantagens indevidas solicitadas e acertar os detalhes dos pagamentos. Magally, além de ajudar Fábio a despistar os superiores, também fornecia a chave Pix de sua companheira para recebimento da propina.

O MPSP destacou na denúncia que um dos envolvidos no esquema sequer trabalhou na delegacia em parte do período em que ocorreram as extorsões.

Múcio era investigador do 6º DP, mas foi transferido para o 4º DP da cidade após decisão do então delegado titular da unidade, em fevereiro do ano passado. Ainda assim, ele continuou atuando na organização criminosa, seja acompanhando as solicitações de propina ou sugerindo novos alvos.

Denúncia do MPSP

Todos os policiais civis citados e o informante Eronias foram denunciados por incidir 11 vezes, cada um, nos crimes de organização criminosa e corrupção passiva.

Ivana Oliveira Ribeiro dos Santos, advogada de Gabriel Valentim Castanheira, também conhecido como Biel Grau, foi denunciada por corrupção ativa, por ter oferecido dinheiro voluntariamente aos policiais para que não investigassem seu cliente.

Além das condenações, o MPSP pediu o pagamento de indenização, em favor do estado, no valor de R$ 700 mil, a partir da decretação da perda de valores e bens, móveis e imóveis, dos denunciados.

Policiais presos

Fábio, Adriano, Magally e Múcio foram presos em 25 de abril, no âmbito da operação “Latus Actio III” da PF. Além das prisões, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão em Mauá e em Santo André.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que apenas um dos agentes segue preso, enquanto os demais respondem ao processo em liberdade. O processo corre sob segredo de Justiça, e a pasta não informou o nome dos policiais que foram soltos.

Rodrigo e Adriano foram afastados dos respectivos cargos, conforme publicação de 16 de abril do Diário Oficial.

O Metrópoles não localizou a defesa dos investigados. O espaço está aberto para manifestação.

Link da fonte

Compartilhar artigo:

Edit Template
© 2025 Criado com complementos Radar news 24H