A Caixa Econômica Federal sorteia na noite desta terça-feira (17), a partir das 20h, as seis dezenas do concurso 2.877 da Mega-Sena. O prêmio principal está acumulado em R$ 110 milhões.
Com esse valor na conta bancária, dá para mudar de vida – mas só se o dinheiro for bem cuidado. Nada de apostas arriscadas, promessas de lucro fácil ou pirâmides disfarçadas.
Especialistas costumam dizer que a melhor saída é investir com estratégia. E, com os juros ainda elevados no Brasil, as aplicações de renda fixa surgem como opções seguras e rentáveis
Veja abaixo quanto os R$ 110 milhões da Mega-Sena poderiam render em diferentes aplicações de renda fixa, como CDBs, LCIs/LCAs, títulos atrelados ao IPCA+ e até na velha poupança.

Poupança
A poupança fica na lanterna. Mesmo assim, ainda entrega um ganho líquido milionário. Em um ano, os R$ 110 milhões entregariam um rendimento total de R$ 9.217.073,92. Em dois anos, o valor pularia para R$ 19.206.461,04.
O grande atrativo da caderneta é a facilidade de uso e a alta liquidez, o que a torna acessível a qualquer investidor. No entanto, o rendimento é bastante modesto quando comparado a outras alternativas da renda fixa.
IPCA + 7%
Já o Tesouro IPCA+, em um título que paga IPCA + 7% ao ano, entregaria um rendimento líquido de R$ 9.937.466,00 em um ano, já com o desconto do imposto de renda. Essa modalidade combina proteção contra a inflação e juros reais, e segue a tabela regressiva de IR, com alíquotas que variam de 22,5% a 15% conforme o prazo da aplicação.
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CDB
Se o ganhador da Mega-Sena optasse por investir os R$ 110 milhões em um CDB que rende 100% do CDI, o retorno seria o maior entre todas as opções avaliadas, dependendo do prazo. Em um ano, o rendimento líquido seria de R$ 13.294.875,00. Em dois anos, o valor líquido acumulado chegaria a R$ 29.402.220,37, beneficiado pela menor alíquota de imposto para prazos mais longos.
LCI/LCA
As LCIs e LCAs também se destacam, especialmente por ainda contarem com isenção de imposto de renda. Com uma rentabilidade de 85% do CDI – equivalente líquida a um CDB de 100% -, essas aplicações renderiam R$ 13.697.750,00 em um ano e R$ 29.101.212,32 em dois anos.
Embora percam ligeiramente para o CDB no segundo ano, seguem sendo uma boa opção para quem busca rendimento líquido elevado no curto prazo. No entanto, isso pode mudar: a proposta do governo que está em discussão no Congresso prevê o fim da isenção a partir de 2026, com a adoção de uma alíquota de 5% sobre os rendimentos.
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Confira um resumo do rendimento de R$ 100 milhões da Mega-Sena:
Ativo | Rendimento líquido em 1 ano | Rendimento líquido em 2 anos |
Poupança | R$ 9.217.073,92 | R$ 19.206.461,04 |
IPCA + 7% | R$ 9.937.466,00 | R$ 21.613.637,18 |
CDB 100% do CDI | R$ 13.294.875,00 | R$ 29.402.220,37 |
LCA/LCI 85% do CDI | R$ 13.697.750,00 | R$ 29.101.212,32 |
*As simulações consideram Selic de 14,75%, IPCA de 4,72% (previsão para 2025 do Focus) e TR de 0,1719 % ao mês, todos em estabilidade ao longo de um ou dois anos
Cuidados
Esses ativos de renda fixa estão disponíveis em plataformas de investimento, mas é essencial considerar fatores como:
- Liquidez: não é diária para CDBs, LCIs e LCAs
- Rentabilidade: em geral, quanto maiores as taxas, maiores são os riscos de crédito das instituições emissoras
- Cobertura pelo FGC: as aplicações em CDB, LCI, LCA e poupança são cobertas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), espécie de “seguro” que devolve ao investidor até R$ 250 mil em caso de problemas com o emissor, como uma intervenção do Banco Central.