Ao menos quatro policiais militares que trabalham no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte paulistana, foram presos na unidade carcerária, nesta quarta-feira (11/6), suspeitos de receber propina para introduzir itens ilegais nas carceragens, como celulares.
A operação foi confirmada ao Metrópoles pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), no fim da tarde.
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A Corregedoria da corporação permanecia na unidade carcerária, até a publicação desta reportagem, para apurar “possíveis irregularidades”.
“Até o momento, quatro policiais militares foram detidos por suspeita de envolvimento em condutas como corrupção, prevaricação e facilitação de ingresso de celulares no presídio”, diz trecho da nota.
A incursão da Corregedoria no presídio, acrescentou a pasta, não prejudicou o funcionamento da unidade.
Até o dia 6 de março, 202 PMs estavam presos no Romão Gomes. Desde total, 133 por “crimes comuns” e, 69, por crimes militares.
Como mostrado pelo Metrópoles, entre os 202 detidos, três eram PMs femininas. A corporação não esclareceu em quais condições elas eram mantidas no presídio.