Se você acompanhou – mesmo que de longe – o noticiário econômico nos últimos meses, é muito provável que tenha encontrado o termo “volatilidade” mais de uma vez. A eleição de Donald Trump para seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos e, depois, a implantação de uma política econômica polêmica foi o principal fator de influência das oscilações nos preços de ativos recentemente.
Na química, a volatilidade se refere à facilidade com que um material passa do estado líquido ou sólido para o estado gasoso. No mercado financeiro, é uma forma de mensurar as mudanças de preço de um ativo ou mercado em determinado período. Mas como medir a volatilidade?
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A B3 tem alguns índices que se dedicam a mostrar a oscilação dos preços de ações listadas na Bolsa brasileira. Segundo Ricardo Cavalheiro, superintendente de índices da B3, eles “podem ser bons aliados dos investidores para acompanhar a oscilação de preços e medir a percepção do risco dos ativos”.
É importante lembrar que volatilidade é sinônimo de risco. Afinal, você não quer (ou não deveria) deixar um montante separado para emergências em um instrumento mais propenso a perder valor do dia para a noite, como uma criptomoeda. Ao mesmo tempo, investidores com perfil mais arrojado têm ativos mais voláteis na carteira, já que retornos maiores tendem a acontecer quando os riscos são grandes. Mesmo para esse grupo, especialistas recomendam uma exposição controlada a classes voláteis.
Conheça os índices da B3 que medem a volatilidade do mercado acionário:
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VXB3 – S&P/B3 Ibovespa VIX
Este índice foi criado para acompanhar a volatilidade de curto prazo implícita nos preços das opções do Ibovespa. O objetivo é ser um termômetro do sentimento dos investidores e indicar o nível de oscilação esperado para os próximos 30 dias.
A metodologia foi baseada no índice VIX (Cboe Volatility Index), conhecido mundialmente como “índice do medo”. Em geral, um VIX alto mostra expectativa de volatilidade maior. Por isto, o índice sobe em momentos de estresse ou após uma notícia que preocupa o mercado financeiro.
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IBHB – Ibovespa Smart High Beta B3
Este indicador foi criado para analisar o desempenho médio das ações mais representativas do Ibovespa que possuem maior sensibilidade às oscilações do mercado. Ou seja, o índice mostra o desempenho dos papéis mais voláteis do Ibovespa, o que pode ser útil para investidores que procuram estratégias com maior exposição ao risco.
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IBLV – Ibovespa Smart Low Volatility
O índice atua no sentido contrário ao IBHB, medindo o desempenho de ações de baixa volatilidade do Ibovespa. Ele considera um histórico de três anos dos ativos que não oscilam tanto de um dia para o outro. Se o IBHB é útil para investidores mais arrojados, o IBLV pode ser usado para estratégias mais defensivas.