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Racismo e rato no refeitório: estudantes da PUC-SP fazem paralisação

Estudantes da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) de São Paulo estão paralisados, desde o início dessa semana, em protesto por melhorias na estrutura dos prédios e contra casos de racismo na instituição. A iniciativa foi aprovada em assembleia no dia 13 de maio, quando a maior parte dos alunos presentes se mostrou a favor.

Os estudantes estão mobilizados e, desde quarta-feira (21/5), ocupam os prédios do campus da PUC em Perdizes, na zona oeste da capital. Segundo Barbosa d’Odara, estudante e cofundador do coletivo Saravá, o coletivo negro da PUC, a paralisação está pautada principalmente nos episódios racistas dentro da instituição e na aprovação de cotas trans.

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Teto do corredor do chamado "Prédio Velho". Apesar do incidente, ninguém ficou ferido

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Estrutura do prédio da PUC que desabou na última segunda-feira (19/5)

Reprodução/Coletivo Saravá

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Teto do corredor do chamado “Prédio Velho”. Apesar do incidente, ninguém ficou ferido

Reprodução/Coletivo Saravá

“Porém, por uma coincidência, no momento em que realizávamos uma nova assembleia na segunda-feira (19/5), parte do teto de um dos prédios, o chamado ‘Prédio Velho’, caiu, e a melhoria na estrutura dos locais em que estudamos passou a compor nossa mobilização”, disse.

Rato no refeitório

Além disso, vídeos que circulam nas redes sociais mostram a presença de um rato dentro do refeitório da universidade. “Mesmo que o refeitório seja administrado por uma empresa terceirizada, a responsabilidade de fiscalizar o serviço prestado e as condições do espaço é da própria PUC, e isso claramente não está sendo feito”, declara o estudante.

Ainda assim, o membro do coletivo destaca que a pauta principal continua sendo o racismo acadêmico. Ele comenta que desde 2024 o número de denúncias de racismo dentro da universidade cresceu vertiginosamente, com destaque para o caso de uma aluna que foi acusada pela professora de ter furtado seu celular.

“A aluna, a única pessoa racializada de toda a turma, foi acusada de um crime e a docente chegou a pedir para olhar sua mochila para procurar o aparelho celular. Ela abriu um boletim de ocorrência por injúria racial, levando o caso até a ouvidoria da PUC. Mas nada foi feito desde então, já que a instituição lida com esses casos através da ‘justiça reparativa’, quando você é basicamente posto de frente com o seu agressor, desencorajando totalmente a continuação da denúncia”, comenta Barbosa. A professora envolvida no caso não foi demitida e a aluna continuou tendo aulas com ela.

Cotas trans

O coletivo Saravá também destaca a reivindicação pelas cotas trans, que está sendo amplamente debatida nas principais universidades públicas de São Paulo. Neste ano, tanto a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) quanto a Universidade Federal de São Carlos (UFscar) aprovaram as cotas para o ingresso de pessoas trans e travestis no ensino superior.

Até a publicação desta reportagem, segundo d’Odara, todos os centros acadêmicos da PUC de São Paulo aprovaram a paralisação, com exceção do centro acadêmico do curso de direito. “Apesar disso, os alunos bolsistas do curso, que são a maioria dos bolsistas da instituição como um todo, criaram uma frente independente em apoio à mobilização”, disse Barbosa d’Odara.

“A mobilização denuncia o racismo acadêmico, o esvaziamento neoliberal do ensino, a elitização da universidade e as múltiplas formas de exclusão que atravessam a vida estudantil. Diante desse cenário, reivindicamos políticas de permanência reais e acessíveis, um currículo antirracista e decolonial, cotas trans, transparência nas decisões institucionais e responsabilização em casos de negligência”, declara a nota do coletivo Saravá.

O que diz a PUC-SP

Em nota enviada ao Metrópoles, a PUC afirmou que a Reitoria está aberta ao diálogo com todos os estudantes para avançar na construção conjunta das soluções. “Sobre o restaurante universitário, a Reitoria informa que o espaço foi temporariamente interditado nesta quarta-feira (21/5), por precaução, e que foram disponibilizadas salas para oferecimento de refeições. Hoje (22/5), o local receberá a visita da Vigilância Sanitária e funcionará normalmente.”

Já em relação ao teto que desabou, a instituição diz que “ao contrário do que foi disseminado nas redes, não houve queda do teto de nenhuma sala, mas um descolamento do estuque do corredor do antigo prédio, de pequena proporção, sem o registro de qualquer dano físico”.



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