Após três tentativas, a primeira reunião com todos os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que apura os responsáveis pela degradação no Rio Melchior finalmente aconteceu, na manhã desta quinta-feira (8/5).
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Até então, com exceção da primeira reunião – que contou com a presença de Daniel Donizet (MDB), as demais foram transmitidas no canal oficial da CLDF no Youtube, com a presença de apenas dois deputados: Gabriel Magno (PT) e Paula Belmonte. Por esse motivo, foram encerradas momentos após a abertura, por falta de quórum.
Nesta quinta-feira (8/5), a sessão foi ao ar, ao vivo, com a participação de todos os membros da CPI. Ao longo da manhã, 31 requerimentos foram votados. Entre eles está a visitação dos parlamentares ao local onde fica o rio, bem como nas localidades abastecidas por ele, e visita à região onde possivelmente será instalada uma termoelétrica no DF.
CPI
Em 18 de março, após votação, Paula Belmonte foi eleita presidente da CPI, enquanto Joaquim Roriz (PL) assumiu a vice-presidência.
Inicialmente, a relatoria da comissão ficou sob responsabilidade de Daniel Donizet (MDB). Na terça-feira (6/5), contudo, o parlamentar deixou o cargo. A partir de agora, o deputado Iolando (MDB) assumirá a função.
Daniel Donizet está afastado do trabalho por orientação médica, desde o fim de março, e não tem previsão de retomar todas as atividades na CLDF. O problema de saúde do parlamentar não foi divulgado
Além dos líderes da CPI, compõem a comissão: Gabriel Magno (PT) e Rogério Morro da Cruz (PRD).
Seus suplentes são: Max Maciel (Psol), Chico Vigilante (PT), Thiago Manzoni (PL), Martins Machado (Republicanos) e Jaqueline Silva (MDB).
Crime ambiental
Localizado entre Samambaia e Ceilândia, o Rio Melchior foi classificado na Classe 4 em nível de poluição – o pior na graduação de alarme ambiental. A definição impede o contato humano com as águas, bem como as práticas de pesca ou irrigação com esse recurso hídrico.
Em agosto de 2024, moradores de áreas próximas ao rio disseram ao Metrópoles que os habitantes da região têm adoecido com frequência. Eles acreditam que a situação é decorrente da poluição do rio.
Em 2024, a empresa Hydros Soluções Ambientais Ltda foi multada em R$ 51.151,45 pela Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema) por despejar efluentes no rio de forma irregular e “em qualidade inadequada” – sem o devido tratamento.
Apesar de ter sido sugerida em 2023, o requerimento para abertura da CPI do Rio Melchior entrou em uma fila junto ao de outras comissões de inquérito e só recebeu sinal verde há pouco mais de um mês, em 18 de fevereiro de 2025