O falso médico que atuou de forma irregular em hospitais e ações sociais na Região Metropolitana de Manaus foi identificado como Gabriel Ketzer da Silva, 28 anos. Segundo as investigações, o suspeito atuava há pelo menos dois anos sem qualquer formação na área, atendendo principalmente crianças e se apresentando como pediatra e ortopedista.
Informações da polícia apontam que o falso médico também integrava uma fundação beneficente, onde realizava atendimentos gratuitos como “médico voluntário”.
Gabriel é acusado de exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, estelionato contra vulnerável, falsa identidade e falsificação de documentos. A investigação teve início após uma denúncia anônima, que alertou a polícia sobre a presença de um falso médico exercendo a profissão em unidades de saúde e em projetos sociais.
“As diligências revelaram que ele cooptava pacientes durante atendimentos beneficentes e, depois, entrava em contato oferecendo consultas especializadas. Chegou a usar redes sociais para se promover como profissional da saúde, inclusive compartilhando imagens de atendimentos”, explicou o delegado Cícero Túlio, responsável pela operação.
Durante a apuração, a Polícia Civil entrou em contato com vítimas que confirmaram ter levado seus filhos para consultas com Gabriel, sem saber que ele não tinha habilitação médica. Com base nas provas reunidas, foi solicitada à Justiça a prisão preventiva do investigado, além de mandados de busca e apreensão em sua residência e na sede da fundação onde atuava.
Além dos crimes cometidos como falso médico, Gabriel Ketzer já havia sido preso anteriormente, em 2020, por se passar por oficial das Forças Armadas. Na ocasião, foi flagrado usando farda militar e chegou a responder por falsa identidade.
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Preso
Gabriel foi preso nessa terça-feira (29/4) pela Polícia Civil do Amazonas quando estava no bairro Parque Dez de Novembro, zona centro-sul da capital. A prisão ocorreu durante a Operação Hipócrates, deflagrada pelo 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
As autoridades agora investigam se profissionais da área de saúde facilitaram ou acobertaram a atuação de Gabriel. “Vamos aprofundar a apuração para identificar eventuais médicos que sabiam da fraude e, ainda assim, permitiram que ele atendesse em seus nomes”, disse o delegado.
Após a prisão, Gabriel Ketzer foi encaminhado ao sistema prisional e deve passar por audiência de custódia. Ele permanece à disposição da Justiça.