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Sem Lula, 1º de Maio em SP mira escala 6×1 e tem esquerda rachada

São Paulo — Sindicatos e grupos ligados à esquerda voltam a ocupar as ruas de São Paulo neste 1º de maio, Dia Internacional do Trabalhador. Ao contrário dos anos anteriores, porém, as mobilizações ocorrem em locais diferentes, com lideranças distintas e sem a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Embora mais ligada às demandas do novo mundo do trabalho, a pauta do fim da escala 6 por 1 está presente nos diferentes movimentos organizados para o dia.


  • O tradicional evento unificado das centrais sindicais, organizado por entidades como a Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CTB) e Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), ocorrerá na praça do Campo de Bagatelle, na zona norte da capital.
  • A Central Única dos Trabalhadores (CUT) participa do ato como convidada, mas organiza um outro evento em São Bernardo do Campo, junto com os sindicatos do ABC. O evento dos sindicatos da região volta a ocorrer depois de 9 anos.
  • O evento na Praça Campo de Bagatelle terá sorteio de carros e brindes para atrair trabalhadores, iniciativa com a qual a CUT não concorda. A entidade, no entanto, evita falar de divisão e informou que seu presidente nacional, Sérgio Nobre, deve discursar no ato das centrais. Além do ABC, a CUT paulista ainda promoverá atos em cidades do interior paulista, como: Araraquara, Bauru, Campinas, Osasco e Taubaté, além da Baixada Santista.

Em ambos os atos, as principais pautas são a isenção da cobrança do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, redução da taxa de juros e diminuição da jornada de trabalho sem redução salarial, além do fim da jornada 6 para 1.

Escala 6 x 1

Presente na pauta dos dois atos na capital, o fim da escala 6 para 1 está no centro de um terceiro ato que ocorre na cidade neste 1º de Maio, organizado pelo movimento Vida Além do Trabalho (VAT). A mobilização será na região da avenida Paulista, no centro da cidade.

O tema ganhou projeção com o Projeto de Lei apresentado pela deputada Erika Hilton (PSol) em 2024, e virou motivo de ciúmes com classes históricas. A pauta é vista como mais legada a trabalhadores de comércio e serviço e não tanto às categorias ligadas a fábricas e indústrias.

Erika, que não é ligada a nenhum sindicato, levou a questão ao Congresso após o vereador de seu partido, Rick Azevedo (PSol -RJ) ter viralizado no TikTok com um vídeo em que ele reclama da rotina de trabalho com apenas um dia de folga na semana.

O VAT diz ter buscado, sem sucesso, o apoio de centrais sindicais tradicionais. O grupo critica a forma como os sindicatos atuam no Dia do Trabalhador, com a realização de sorteios e shows.

“Não é o momento para simplesmente fazer um show. A gente quer lutar, a gente quer reivindicar as nossas vidas. A gente acredita que o trabalhador merece tudo, show, sorteio, mas tudo isso sem luta, é pão e circo”, afirma a coordenadora do movimento, Priscila Santos Araújo.

Reunião com Lula

Na terça-feira (29), dirigentes das principais centrais sindicais se reuniram com Lula, em Brasília. No encontro, o presidente, que não comparecerá aos atos na capital paulista, recebeu a lista de reivindicações e afirmou que espera que o Congresso se engaje nas pautas.

“Foi uma reunião de mais duas horas. O Lula nos recepcionou de forma carinhosa e entregamos a nossa pauta. Ele nos chamou a atenção que o mundo mudou, que hoje os trabalhadores são muito diferentes e que precisamos ir para a rua, motivar os jovens e incentivar a participação social deles”, afirmou ao Metrópoles Ricardo Patah, presidente da UGT.


  • No 1º de Maio do ano passado, de cima do palanque, Lula fez críticas sobre a falta de público no evento organizado pelas centrais no estádio do Corinthians, em Itaquera, na zona leste da capital paulista.
  • Segundo fontes próximas do presidente, ele decidiu não ir aos atos deste ano devido ao desacordo das centrais sindicais, que não farão neste ano um ato unificado. “Ficaria feio ele ir em um e faltar em outro”, afirmou um deputado petista.

“A gente contava com a presença dele [Lula], mas vamos tocando o barco, sem problema nenhum. Ele já nos recebeu na terça”, disse ao Metrópoles João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical. Está prevista a presença dos ministros do Trabalho, Luiz Marinho; da secretaria geral da Presidência, Márcio Macedo; e da Mulher, Cida Gonçalves.

Crise dos sindicatos

Para o cientista político e professor da FGV, Marco Antonio Teixeira, a separação nas ruas reflete uma dificuldade das entidades tradicionais de se conectarem às necessidades das novas formas de trabalho.

“A pauta do 6 x 1 surgiu à margem dos sindicatos. A grande propagadora dela é a deputada Erika Hilton, que talvez tenha mais capacidade de mobilizar pessoas do que as próprias pautas que os sindicatos carregam”, afirma.

Também cientista político e professor do Insper, Carlos Melo ainda destaca o papel da reforma trabalhista e a mudança no perfil dos empregos como fatores da crise de representatividade dos sindicatos.

“Olhar pro Dia dos Trabalhadores com aquela mesma mentalidade é um erro. E esse erro se deu no ano passado, quando o presidente Lula, talvez sem atinar para isso, aceitou ir em uma concentração onde apareceram menos de 2 mil pessoas, o que pra história do movimento sindical não é nada”, diz.

Os atos deste ano, além disso, contam com um agravante: o escândalo da farra do INSS, que acabou resvalando em sindicatos envolvidos, contribuindo para a crise do segmento.

Fontes ouvidas pelo Metrópoles, no entanto, minimizam o impacto da operação da Polícia Federal na mobilização do 1º de Maio. “Se a mobilização foi muito menor do que no passado, não será por causa desse escândalo. Os problemas do movimento sindical antecedem a essa questão”, afirma Melo.

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