Representantes da Polícia Federal (PF) de São Paulo visitaram, nesta segunda-feira (2/6), a central de monitoramento do Smart Sampa, programa de câmeras de reconhecimento facial da prefeitura da capital. Após o encontro, o superintende regional da PF, Luís Sanfurgo de Carvalho, classificou a iniciativa como “excepcional” e afirmou que a corporação analisa um possível convênio para utilização do programa.
“Vimos aqui várias demonstrações da utilidade do sistema. Realmente, é excepcional. E acho que o próximo passo é agora a gente conversar para eventual convênio para que nós possamos utilizar, para que nós possamos colaborar e para que a prefeitura também possa colaborar com o trabalho da Polícia Federal”, afirmou o delegado, após a visita à sede do Smart Sampa, na região central.
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O prefeito Ricardo Nunes (MDB) acompanhou a visita e disse que colocou o sistema à disposição da PF. Operando desde 2024, o Smart Sampa conta, atualmente, com 27 mil câmeras inteligentes, espalhadas pela cidade. Segundo a gestão municipal, 1.215 pessoas foragidas da Justiça foram presas por meio do programa. Outras 2.470 pessoas foram detidas em flagrante e 65 desaparecidos foram encontrados.
Além da leitura facial, neste ano, os equipamentos que integram a rede de monitoramento também passaram a fazer leitura de placas de veículos roubados. As informações colhidas pelas câmeras passam por um cruzamento com bancos de dados estaduais e nacionais para a identificação.
O Smart Sampa se transformou em uma das principais vitrines do novo mandato de Ricardo Nunes. O prefeito costuma citar os números do programa em entrevistas e declarações, adotando um discurso linha dura contra a criminalidade. Para enaltecer os dados, Nunes mandou instalar um painel com a contagem em tempo real das pessoas presas por meio do Smart Sampa. Nos bastidores, o mandatário tem citado que a segurança aparece como a principal preocupação da população, ultrapassando a saúde.