O vereador do Guarujá Santiago dos Santos Angelo (Progressistas) quer que o Sistema Único de Saúde (SUS) forneça acolhimento psicossocial para pessoas que desenvolvem vínculos afetivos significativos com bebês reborn – bonecos hiper-realistas feitos artesanalmente que viraram febre nas redes sociais nas últimas semanas.
Ele protocolou um projeto de lei na Câmara Municipal da cidade do litoral paulista nessa terça-feira (20/5) no qual argumenta que “há uma parcela da população que se vincula emocionalmente a esses bebês de maneira profunda, utilizando-os como mecanismos de enfrentamento ao luto perinatal, infertilidade, depressão, ansiedade, solidão, transtornos emocionais ou traumas vivenciados”.
Leia também
-
São Paulo
Vereadora do PL quer proibir atendimento médico a bebês reborn em SP
-
São Paulo
Deputado manda R$ 1,5 mi a entidade que exibe sua foto em ação a fiéis
-
Brasil
Emendas Pix: deputados mandam R$ 171 milhões a prefeitura de parentes
-
São Paulo
Virada Cultural 2025 terá programação especial para crianças. Confira
Santiago considera que “ignorar essa experiência seria desconsiderar a pluralidade das formas humanas de lidar com a dor e com os desafios da vida psíquica”. Por essa razão, ele defende que os profissionais de saúde da cidade sejam capacitados para lidar com esse tipo de demanda.
O projeto de lei também prevê a realização de campanha de conscientização e combate ao preconceito em relação a pessoas que estabelecem vínculos afetivos com bebês reborn e o acompanhamento profissional contínuo a essas pessoas.
Na capital paulista, o tema do bebê reborn também virou motivo para um projeto de lei da vereadora Sonaira Fernandes (PL), que protocolou, na sexta-feira passada (16/5), um projeto de lei para proibir qualquer tipo de atendimento médico-hospitalar de bonecas desse tipo em unidades públicas ou privadas de saúde no município.
Durante a sessão plenária de apresentação da proposta, Sonaira disse: “As pessoas estão até simulando o parto dessas bonecas. Estão chegando a um nível de loucura que estão levando esses ‘bebês’ para acompanhamento de pediatra”.